Vacinas da gripe e da Covid podem ser aplicadas no mesmo dia?

Saúde
02 de Fevereiro, 2022
Vacinas da gripe e da Covid podem ser aplicadas no mesmo dia?

Com o surto de influenza e o aumento dos casos de coronavírus causados pela variante Ômicron, muitas pessoas têm buscado se vacinar para prevenir as infecções. Mas será que as vacinas da gripe e da Covid podem ser aplicadas no mesmo dia?

De acordo com o Ministério da Saúde, sim. Dessa forma, as duas campanhas de vacinação estão em andamento no Brasil e podem ser realizadas de forma simultânea. Antes, a orientação do Ministério da Saúde era que houvesse um intervalo mínimo de 14 dias entre as imunizações. A distância entre a vacina contra o coronavírus e outros imunizantes, porém, continua a mesma.

Leia mais: Quanto tempo esperar para tomar a vacina após ter Covid-19?

Diferencie covid-19 e influenza pelos sintomas

Não é preciso esperar ficar doente para tomar as vacinas da gripe e da Covid. No entanto, é importante saber reconhecer os sintomas. Sendo assim, a gripe tem início súbito, com:

  • Febre alta;
  • Intensa dor de cabeça;
  • Dor de garganta;
  • Congestão do trato respiratório alto (nariz, garganta, faringe e laringe);
  • Sinais de infecção viral sistêmica: fadiga, dor no corpo e mal-estar geral.

Eventualmente, na infecção por H3N2, nota-se ainda náusea e diarreia. Por outro lado, no caso da covid-19, são esperados sintomas como:

  • Febre;
  • Tosse;
  • Dor de cabeça;
  • Dor no corpo;
  • Fadiga;
  • Dor de garganta, que não vinha sendo vista nas cepas anteriores.

A perda de olfato e paladar, comum nas outras variantes, pouco tem sido vista na Ômicron.

Leia também: Surto de influenza: Saiba fortalecer o sistema imunológico

Atenção ao tempo de início dos sintomas

Há uma diferença importante entre as doenças reside no tempo de incubação, ou o intervalo de tempo entre o contato com o vírus e o início dos sintomas.

  • No caso da gripe, esse intervalo é muito curto, de três a cinco dias.
  • No caso da covid-19, a incubação pode durar até 14 dias, ainda que, na média geral, os sintomas comecem a surgir a partir do quinto dia.

“O importante é que, se sentindo doente, o paciente busque assistência médica imediata para dar chance a um diagnóstico preciso. Pois uma vez definida a infecção viral, serão usadas estratégias para cada caso. O ideal é que, para o diagnóstico, seja feito um painel viral respiratório, se disponível, que aborda uma ampla gama de vírus. Porém, os testes moleculares rápidos têm sido perfeitamente indicados tanto para influenza quanto para covid-19, com acesso ao resultado em um curto período de tempo”, diz o médico.

Vacinas da gripe e da Covid: melhor forma de prevenção

Diagnosticada qualquer uma das duas doenças, o isolamento é uma medida essencial. Dessa maneira, o tempo exigido pela influenza é bem mais curto.

Quando não complicada, são indicados quatro dias. Se houver tratamento antiviral, ele será destinado à sintomatologia da gripe e também encurtará a cadeia de transmissão. Mas para a covid-19, agora conhecendo mais a doença, o isolamento passou de 14 para 10 dias. Em casos leves, se no quinto dia não houver mais sintomas, o paciente que não mora sozinho está livre para sair do isolamento. Contudo, deve permanecer em casa e usar máscara, preferencialmente a PFF2, até que se completem 10 dias contados a partir do primeiro dia de sintomas,

Assim, quando não há complicações do tratamento da covid-19, em casa, os sintomas exigem monitoramento e observação dos sinais de alarme, já que nenhum medicamento é capaz de mudar a história natural dessa doença, ao contrário da influenza, que conta com antivirais.

Por fim, quanto à prevenção, além das medidas comportamentais, há imunizantes disponíveis tanto para a gripe quanto para a covid. A vacina é, sobretudo, uma importante estratégia farmacológica de contenção para as duas doenças. Mas lembre-se que ambas podem evoluir, como temos visto, para casos graves, especialmente em idosos, portadores de doenças prévias e pacientes com comprometimento do sistema imunológico. Ou seja, os fatores agravantes também são os mesmos.

Leia mais: Agende sua vacina contra a gripe

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

Leia também:

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Pessoas com histórico de infarto têm mais risco de desenvolver outros problemas de saúde a longo prazo, como insuficiências cardíaca e renal, arritmias e até depressão,

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Problemas como insuficiências cardíaca e até depressão são mais frequentes em quem sofreu um ataque cardíaco

Bem-estar Equilíbrio Saúde

“É impossível ser feliz sozinho”: cultivar relacionamentos está entre os segredos para viver mais

Indo na direção contrária da longevidade, um estudo revelou que quase ¼ das pessoas em todo o mundo se sentem sozinhas