Traumas de infância e as suas consequências na vida adulta

Equilíbrio
27 de Maio, 2022
Traumas de infância e as suas consequências na vida adulta

Os traumas de infância podem trazer sérias consequências para a saúde mental na vida adulta. Isso porque as situações vivenciadas pelas crianças permanecem por anos em suas mentes. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 40 milhões de pessoas com idade inferior a 15 anos são vítimas, todos os anos, de violência e privações em todo o mundo. Sendo 30% a 60% dos maus tratos de origem familiar. 

“Dependendo do trauma, a saúde mental pode ser prejudicada em larga escala. Assim, causando comportamentos evitativos e até mesmo gerando a aparição de vícios diversos”, afirma Ellen Moraes Senra psicóloga, palestrante e escritora

Dados científicos comprovam as consequências

Um estudo feito pela psicóloga Vanessa Fernandes Fioresi, para seu mestrado da USP (Universidade de São Paulo), mostrou que os traumas de infância podem influenciar no desenvolvimento de ansiedade na vida adulta. 

Dessa maneira, para chegar aos resultados, a pesquisa contou com a participação de 120 pessoas com idade entre 26 e 42 anos. Assim, entre os participantes, 30 eram saudáveis e 90 tinham algum tipo de transtorno de ansiedade. 

Após realizar avaliações através de entrevistas e testes, Vanessa chegou a conclusão de que traumas emocionais como estupro, por exemplo, trazem como consequência o desenvolvimento de transtorno de ansiedade generalizada ao longo dos anos.

Comportamentos comuns de quem viveu traumas na infância

A psicóloga Ellen Moraes ressalta que, geralmente, pessoas que sofreram traumas durante a infância apresentam comportamentos típicos: “Tendem a ser desconfiados, podem ter dificuldade de se relacionar, dificuldade em assumir compromissos ou mesmo terem algum vício como forma de fuga de seus traumas.”

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Dicas para lidar com os traumas de infância

Caso você esteja sofrendo com ansiedade ou outros transtornos mentais, o mais importante é buscar ajuda psicológica, através da terapia, por exemplo. Uma vez que se identifica o trauma fica mais fácil trabalhar para diminuir seu impacto sobre a vida do indivíduo.

Além disso, Ellen compartilhou algumas dicas para lidar com isso:

  • Entender que há um problema e que precisa de ajuda para lidar com ele;
  • Saber quais são as situações que servem de gatilho na vida do indivíduo;
  • Compreender quais mecanismos de manifestam por conta desse trauma;
  • Procurar ajuda profissional caso perceba que não dá conta sozinho.

Referências 

UOL

Clínica Dra. Rosa Basto

Fonte

Ellen Moraes Senra psicóloga, palestrante e escritora.

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

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