Tipos sanguíneos: quais são e qual a diferença entre eles
Existem diferentes tipos sanguíneos, sendo que cada um possui determinado grupo de compatibilidade. Saber quais são eles é muito importante, principalmente, para realizar uma doação, por exemplo. Dessa forma, além de evitar transfusões erradas, também impede problemas relacionados à reações entre feto e mãe por incompatibilidade de grupos sanguíneos, evitando assim diversos tipos de complicações. Conheça agora quais são os principais tipos sanguíneos e saiba quem pode doar e receber de acordo com o seu grupo.
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O que são tipos sanguíneos?
Antes de mais nada, o sangue transporta nutrientes essenciais para os tecidos e órgãos do corpo. Sem ele, os tecidos morrem de inanição. No entanto, sabemos que nem todo mundo tem o mesmo tipo sanguíneo. Isso ocorre, pois cada um dos deles possuem em sua composição antígenos e anticorpos específicos que o torna único. Os tipos sanguíneos são formados por algumas substâncias indispensáveis para o corpo humano, tais como:
- Hemácias: também chamadas de glóbulos vermelhos, são células compostas por moléculas de hemoglobina, proteína responsável pela cor vermelha do sangue. Sua função é transportar oxigênio para o corpo.
- Leucócitos: conhecido como glóbulos brancos, são células responsáveis por defender o organismo contra microrganismos invasores.
- Plaquetas: responsáveis pela coagulação sanguínea.
- Plasma: é uma solução aquosa amarelada constituída de água, sais minerais e proteínas. Sua função é transportar essas substâncias pelo corpo.
Tipos sanguíneos e fator Rh
Os tipos sanguíneos podem ser A, B, AB e O, chamados de grupo ABO. Saber o seu fator Rh, marcador que pode ser positivo e positivo, também é importante para identificar o tipo sanguíneo e evitar reações de incompatibilidade numa transfusão de sangue.
Além disso, no sistema ABO, há dois tipos de sangue especiais: o O-, também chamado de doador universal. Em outras palavras, ele pode ser doado para todos os tipos do grupo. Nesse sentido, o AB+, chamado de receptor universal, pode receber doações ou transfusões de qualquer tipo sanguíneo.
Nesse sentido, a maior parte da população brasileira possui sangue A e O, ou seja, quase 90% da população. Por outro lado, cerca de 10% dos cidadãos são do tipo B, enquanto apenas 3% são AB. Do mesmo modo, quando o assunto é fator Rh, mais de 8 mil brasileiros possuem o Rh positivo, considerado predominante.
Quem doa para quem
- A+ doa para A+ e AB+
- A- doa para A+, AB+, A-, AB-
- B+ doa para B+ e AB+
- B- doa para B+, AB+, B-, AB-
- O+ doa para O+, A+, B+, AB+
- O- doa para O+, A+, B+, AB+, A-, B-, AB-, O-
- AB+ doa para AB+
- AB- doa para AB+ e AB-
Quem recebe de quem
- A+ recebe doação de A+, A-, O+ e O-
- A – recebe doação de A- e O-
- B+ recebe doação de B+, B-, O+ e O-
- B- recebe doação de B- e O-
- AB+ recebe doação de A+, B+, O+, AB+, A-, B-, O- e AB-
- AB- recebe doação de A-, B-, O- e AB-
- O+ recebe doação de O+ e O-
- O- recebe doação de O-
Doação de sangue
O ato de doar sangue é seguro e indispensável para salvar milhões de vidas. Com apenas uma bolsa de 450ml, por exemplo, até 4 pessoas podem ser salvas. No entanto, apenas 1,9% da população doa anualmente no país, segundo a Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo. Se você ainda não conhece seu tipo sanguíneo, não se preocupe, pois hospitais e centros hematológicos fazem testes antes da doação. Confira, agora, algumas regras para doar sangue:
- Estar com boa saúde, alimentado (evitar comidas gordurosas nas 4 horas que antecedem a doação) e descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas)
- Ter entre 18 e 69 anos (desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos)
- Pesar acima de 50 kg
- Levar um documento oficial com foto
- Passar pela triagem clínica no banco de sangue
Intervalos para doação:
- Homens – 60 dias (até quatro doações por ano)
- Mulheres – 90 dias (até três doações por ano)
Por fim, é essencial saber quem doa para quem, principalmente para evitar incompatibilidades. No processo de transfusão sanguínea, por exemplo, se sangues incompatíveis se misturam, a pessoa pode ter problemas de circulação, febre, pressão baixa e batimento cardíaco acelerado. Além disso, os rins são afetados pela pressão baixa e a hemoglobina sai pela urina. Tais sintomas podem levar a morte, por isso é tão importante saber o seu tipo sanguíneo antes de realizar esse tipo de procedimento.
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Fonte: Daniela Anderson, pediatra, neonatologista, intensivista infantil, com área de atuação e estudos em cardiopatias congênitas, da Clínica Medicina da Mulher (São Paulo)