Terceiro trimestre de gravidez: sintomas, exames e cuidados
O terceiro trimestre de gravidez, ou seja, da 25ª até a 42ª semana, é um momento de grande expectativa para as futuras mamães. É nessa fase que o barrigão fica ainda mais aparente, o que também acontecem com alguns sintomas, como o inchaço e a dificuldade para dormir, que ficam ainda mais acentuados.
No entanto, juntamente com a ansiedade para conhecer o rostinho do bebê, é preciso realizar exames e ter cuidados exclusivos nessa reta final.
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Quais mudanças ocorrem no terceiro trimestre de gravidez?
Para a futura mamãe, o terceiro trimestre pode ser bem incômodo, principalmente próximo à data do parto, pelo crescimento da barriga. O rápido crescimento do bebê, que triplica de peso nos últimos meses, contribui para que a gestante ganhe mais peso.
Além disso, o volume de sangue circulando no corpo é de 30 a 40% maior, exigindo que o sistema circulatório trabalhe mais. No final da gravidez, o útero comprime as veias da região do abdome e dificultam a passagem do sangue, causando inchaço e o aumento das varizes, que aparecem principalmente nas pernas, mas também podem surgir ao redor da vagina e do ânus (hemorróidas).
Sintomas mais comuns
O terceiro trimestre traz desconfortos característicos que, somados à ansiedade, podem deixar a gestante ainda mais sensível. Confira outros sintomas normais e esperados:
- Azia, má digestão, refluxo e outros desconfortos gastrointestinais.
- Inchaço nos pés e pernas, além de câimbras e varizes.
- Dores nas costas: o crescimento da barriga desloca o eixo da gravidade, projetando o corpo para frente, o que costuma causar dores nas costas, principalmente na região lombar.
- Dores na virilha, sintoma comum da preparação do parto, quando o bebê pressiona a pelve.
- Falta de ar: o crescimento da barriga também comprime os pulmões, então é comum que a futura mamãe sinta dificuldade para respirar.
- Insônia e dificuldade para dormir, causadas, frequentemente, por ansiedade, falta de posição, entre outros fatores.
- Vontade constante de fazer xixi: o útero comprime também a bexiga, reduzindo sua capacidade de armazenamento.
- Contrações de Braxton Hicks, ou contrações de treinamento
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Os principais cuidados no terceiro trimestre de gravidez
Os cuidados no terceiro trimestre são essenciais nessa reta final. As consultas, que até então eram mensais, tornam-se quinzenais ou semanais. É importante também que a futura mamãe tenha definido o plano de parto. Conforme o esperado dia se aproxima, ela deve evitar estresse e situações de risco, mas ela pode – e deve! – manter-se ativa e trabalhar – desde que ela esteja disposta e a gestação não seja de risco.
Além disso, a futura mamãe pode continuar as atividades físicas, porém deve optar por exercícios mais moderados e práticas mais tranquilas. É importante evitar ficar muito tempo em pé para que os pés e pernas não fiquem muito inchados. A alimentação equilibrada e saudável deve ser mantida, assim como a hidratação. É importante fazer refeições regulares e em quantidades menores para evitar a azia e o refluxo. Viagens longas, principalmente de avião, devem ser evitadas. O ideal é que você siga à risca as recomendações do seu obstetra para que a chegada do seu bebê seja segura e tranquila.
Exames essenciais
No terceiro trimestre o obstetra pode repetir alguns exames laboratoriais já realizados, como hemograma, glicemia urina e sorologias. Por volta da 35ª semana, a gestante deve realizar o conhecido “exame do cotonete” para detecção do Streptococcus B, uma bactéria comum no trato reprodutivo da mulher. Em caso de resultado positivo, a gestante deve tomar antibióticos pois, em caso de contato com o bebê durante o parto, pode causar infecções graves no recém-nascido.
Os ultrassons no terceiro trimestre auxiliam a avaliar o bem-estar fetal, as condições de líquido amniótico entre outros parâmetros que auxiliam a evitar o sofrimento fetal e mesmo um parto prematuro. Também é solicitado o ecocardiograma fetal, exame que avalia a anatomia e a função do coração e realiza o diagnóstico precoce de doenças cardíacas congênitas.
Fonte: Dr. Gabriel Monteiro, ginecologista e obstetra e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro (UNISA)