Teratoma: o que é, sintomas, causas e tratamento

Saúde
25 de Abril, 2022
Teratoma: o que é, sintomas, causas e tratamento

Muita gente acaba evitando exames de rotina por falta de tempo ou simplesmente por preguiça de ir ao médico. Porém, essa visita é capaz de prevenir problemas de saúde assintomáticos e salvar diversas vidas. E um exemplo de doença silenciosa que pode ser detectada nessas consultas é o teratoma.

Esse tipo de tumor é proveniente de uma proliferação anormal de células, que podem ficar remanescentes desde a época do nascimento, e vir a se espalhar em tecidos que normalmente não existem na idade adulta.

Assim, os teratomas podem acometer vários tipos diferentes de tecido, como cabelos, músculos e ossos, e podem ser maduros ou imaturos, com base na aparência das células ao microscópio. 

Sintomas

Os teratomas geralmente ocorrem nos ovários entre as mulheres, nos testículos entre os homens, e no cóccix das crianças. Mas, eles também podem surgir no cérebro, medula espinhal, tórax e abdômen.

Muitas vezes um teratoma é assintomático e o paciente descobre que o tem em algum exame de rotina. Contudo, a sintomatologia de apresentação vai variar de acordo com o local de sítio primário.

Existem tipos desse tumor que se apresentam no nascimento, como massas volumosas na região do cóccix. Mas, em casos testiculares, ele pode ser uma tumefação indolor em um dos testículos.

Já o teratoma ovariano é capaz de causar dor, distensão, desconforto abdominal e massa em região pélvica. Por fim, quando ele ocorre no tórax, pode se apresentar com sintomas de obstrução de vias aéreas.

Causas e diagnóstico

A causa da maioria dos teratomas não é compreendida. Ou seja, esses tumores são frequentemente associados com uma série de defeitos que podem acontecer durante a formação do feto ainda na fase uterina.

Em relação ao diagnóstico, ele deve ser feito na presença de qualquer tumor que se situe ao redor da linha central do corpo, considerada a linha média pelos profissionais de saúde. 

O oncologista responsável irá se basear no quadro clínico, na presença dos marcadores tumorais Alfa Feto Proteína (AFP) e Gonadotrofina Coriônica Humana Fração Beta (Beta-HCG), e nos exames de imagem.

Como exame definitivo, é importante também destacar a biópsia ou a remoção da anormalidade por cirurgia, onde uma amostra de tecido retirado do tumor é examinada ao microscópio. 

Leia também: Neurofibromatose: doença rara que causa tumores na pele

Tratamento para teratoma

A cirurgia é a base do tratamento e pode ser a única forma de tratar tumores benignos ou malignos em fases iniciais. Mas, em alguns casos, a quimioterapia neoadjuvante torna-se uma abordagem inicial preferida em tumores volumosos, pois é capaz de reduzir a morbidade cirúrgica. Assim, a quimioterapia também pode ser utilizada como complementação do tratamento cirúrgico.

Contudo, sabe-se também que a grande maioria dos pacientes que identificam a tempo o teratoma, principalmente crianças e adolescentes, têm chances de ser curada da doença por decorrência dos avanços no diagnóstico, tratamento e melhora nas terapias de suporte.

Porém, é preciso estar atento às toxicidades agudas e aos efeitos tardios das intervenções terapêuticas. Além disso, é necessário um plano de tratamento individualizado, com abordagem de vários especialistas que possam discutir qual dentre as opções de tratamento é a mais adequada para o paciente (multimodal e multidisciplinar) e que incorpore todos os fatores associados ao quadro clínico.

Fontes: Dr. Maurício Muradian e Dr. Artur Malzyner, oncologistas clínicos da Clinonco – São Paulo.

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