Teoria do apego: Entenda o que é

Equilíbrio
15 de Setembro, 2020
Teoria do apego: Entenda o que é

Para entender o vínculo entre as mães e os filhos, o psiquiatra e psicanalista britânico John Bowlby desenvolveu a chamada Teoria do Apego. Um modelo psicológico que descreve a dinâmica das relações interpessoais entre os seres humanos.

Após a Segunda Guerra Mundial, o especialista teve contato direto com crianças órfãs. Assim, ele procurou entender como o relacionamento entre as pessoas era construído e como isso influenciava o desenvolvimento do ser humano – principalmente entre mães e filhos.

Dessa maneira, para Bowlby, o apego se forma quando nos aproximamos das pessoas de maneira instintiva, para criar vínculos que transmitem a sensação de segurança. Como os bebês por exemplo, que nascem indefesos e formam laços afetivos com um adulto para garantir sua sobrevivência. 

Leia também: Mães de crianças pequenas sofrem mais estresse na quarentena

Os primeiros cuidados são essenciais

Durante os seis meses aos dois anos de idade, os bebês necessitam de um cuidado maior pelo responsável principal. Geralmente, o cuidador é o espelho. Ou seja, a partir de observações do comportamento dos pais ou responsável, a criança desenvolve expectativa sobre si mesma, as relações sociais e o mundo em que habita.

Segundo o psicanalista, quando há a interrupção desse vínculo, pode ocorrer dados cognitivos, sociais e emocionais irreversíveis. Como por exemplo, delinquência, agressividade e depressão.

Leia também: Yoga para crianças: Conheça os benefícios

Teoria do apego em adultos

A teoria do apego em adultos foi desenvolvida pelos psicanalistas Cindy Hazan e Philiph Shaver, que seguiram os estudos de Bowlby. Em 1980, eles começaram a estudar as interações entre parceiros românticos e o desejo que compartilham de estar perto um do outro.

Desse modo, eles chegaram a conclusão de que existem padrões de vínculos que os adultos constroem com outros adultos, que incluem:

  • Apego Seguro: São pessoas que possuem opiniões positivas sobre si mesmas e o parceiro. O que consequentemente, resulta em um relacionamento harmonioso, afinal, a pessoa se sente confortável com a intimidade e com a independência.
  • Apego Evitante: Quem tem este estilo de apego sente que não necessita de relações sociais mais íntimas. Portanto, elas são independentes e recusam qualquer vínculos que seja profundo. 
  • Apego Ambivalente: Já esse padrão de apego, corresponde ao desejo de altos níveis de intimidade. São pessoas inseguras e extremamente dependentes do parceiro.
  • Apego Desorganizado: Consiste na dificuldade em estabelecer laços profundos, mesmo que a pessoa queira fazê-lo. Pessoas com este padrão não acreditam que os parceiros tenham boas intenções.

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

Leia também:

Bem-estar Equilíbrio Saúde

“É impossível ser feliz sozinho”: cultivar relacionamentos está entre os segredos para viver mais

Indo na direção contrária da longevidade, um estudo revelou que quase ¼ das pessoas em todo o mundo se sentem sozinhas

misofonia
Bem-estar Equilíbrio

Misofonia: O que é a síndrome que viralizou no TikTok?

A misofonia é uma condição que provoca uma reação negativa aos sons. Saiba mais

Bem-estar Equilíbrio Saúde

Taxas de suicídio e de autolesão de crianças e jovens aumentam no Brasil

País registrou o aumento de 3,7% nas taxas de suicídio e de 21% nos casos de automutilação entre os anos de 2011 e 2022