Tela na língua para emagrecer: Técnica radical é perigosa, entenda

Alimentação
01 de Outubro, 2021
Tela na língua para emagrecer: Técnica radical é perigosa, entenda

As definições de perder peso a qualquer custo acabaram de ser atualizadas. Isso porque um novo procedimento radical e extremamente perigoso ganhou destaque internacional recentemente, apesar de ter surgido há 25 anos: ele consiste em uma tela costurada na língua de quem quer emagrecer.

O objetivo do método é deixar o ato de comer (principalmente alimentos sólidos) nada agradável e até doloroso, estimulando a pessoa a adotar uma dieta líquida e restrita.

A estratégia lembra um aparelho bucal criado recentemente por pesquisadores da Nova Zelândia e do Reino Unido. O acessório limitava a abertura da mandíbula, obrigando seu usuário a ingerir apenas ingredientes pastosos.

Leia também: Pesquisadores criam aparelho bucal para emagrecer: Entenda os riscos

Tela na língua para emagrecer: Como funciona

O objeto é feito de um polímero composto polipropileno e polietileno de alta densidade. Além disso, seu uso máximo é de 30 dias. Um pedaço retangular e pequeno é costurado diretamente no meio da língua.

tela na língua para emagrecer

Nikolas Chugay é o médico estadunidense que começou a implantar o acessório em suas pacientes em 2009. Em uma entrevista, ele informou que essa medida extrema serve como um incentivo inicial em um programa de perda de peso de longo prazo.

Perigos

Contudo, não é difícil imaginar os perigos do método. Isso porque a região pode acumular restos de alimentos, já que a rede dificulta a higienização. Mau hálito, cáries e infecções são apenas algumas das complicações que o procedimento pode causar.

Além disso, vale lembrar que refeições exclusivamente líquidas, quando mantidas por muito tempo, podem não só prejudicar a absorção de vitaminas e minerais, como gerar a perda de massa magra.

Outro problema que a tela na língua para emagrecer provoca é um aumento nos riscos de compulsões alimentares. Segundo um estudo realizado na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, a chance de alguém apresentar transtornos relacionados à alimentação depois de proibições muito radicais é 17,26 vezes maior no sexo masculino, e 12,82 maior no feminino.

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