Taquicardia ventricular: O que é, sintomas e tratamento

Saúde
23 de Maio, 2022
Taquicardia ventricular: O que é, sintomas e tratamento

No interior do coração, é possível identificar quatro câmeras, que são denominados átrios (na parte superior do órgão) e os ventrículos (situados na porção inferior). Para que o órgão funcione sem problemas no bombeamento do sangue para outras partes do corpo, é fundamental que as quatro câmeras trabalhem alinhadas, ou seja, batendo no ritmo correto. Em alguns casos, por exemplo, os ventrículos atuam com mais agilidade que os átrios, fazendo com que ocorra os batimentos ventriculares prematuros. Esse cenário é conhecido como taquicardia ventricular.

Trata-se, sobretudo, de uma condição que aparece em determinados períodos do dia e, em certas ocasiões, de forma isolada. Saiba quais são os tipos que existem, quais são as causas desse problema e como funciona o tratamento.

Tipos de taquicardia ventricular 

A aceleração pode ser classificada conforme os sinais que são apresentados por cada indivíduo. 

  • Taquicardia ventricular sustentada: batimentos erráticos dos ventrículos por mais de 30 segundos;
  • Tempestade elétrica: ocorrendo de forma frequente mais do que três vezes em um período de 24 horas;
  • Taquicardia ventricular idiopática: causas não identificadas.

Acima de tudo, é fundamental deixar claro que o tipo de taquicardia ventricular é identificado somente depois da execução de exames, como o eletrocardiograma e o holter. 

Causas

A taquicardia pode surgir em um paciente devido a cardiomiopatia dilatada, cardiomiopatia hipertrófica e infarto. Assim, veja alguns motivos:

  • Miocardite;
  • Defeitos congênitos no coração;
  • problemas nas artérias coronárias;
  • Uso de drogas;
  • Uso de medicamentos como antiarrítmicos e antibióticos;
  • Desequilíbrio de eletrólitos no corpo.

Sintomas

O paciente não tem sintomas quando esse tipo de arritmia não ocorre com muita frequência ou termina em poucos segundos. Entretanto, quando o órgão apresenta uma dificuldade maior em bombear o sangue para o restante corpo, ela pode liberar alguns sinais. 

  • Palpitação cardíaca;
  • Fraqueza excessiva;
  • Tontura;
  • Falta de ar;
  • Dor no peito;
  • Desmaio;
  • Pulso acelerado. 

Vale ressaltar que, quando os sintomas ocorrem por mais de trinta segundos, o risco do paciente ter uma parada cardíaca é maior. Dessa forma, é importante procurar ajuda médica quando sentir sintomas de taquicardia ventricular. 

Acima de tudo, o diagnóstico é feito por meio do eletrocardiograma no momento da crise. Além disso, outros exames também podem ser solicitados, como o Holter de 24 horas ou o monitor de eventos. 

Além disso, em pacientes com sintomas associados ao esforço físico, o teste ergométrico pode ser uma ótima opção. 

Leia também: Arritmias cardíacas: conheça as causas, sintomas e tratamentos

Tratamento de taquicardia ventricular

O tratamento da taquicardia ventricular dependerá da gravidade dos sintomas do paciente. Quando ocorrem situações de taquicardia ventricular sustentada, o tratamento hospitalar pode ser necessário para regularizar o funcionamento dos ventrículos.

O tratamento também pode ocorrer por meio do uso de medicamentos. Em casos frequentes, será necessário a implementação de um implante do cardiodesfibrilador (CDI). Trata-se de um aparelho parecido com um marcapasso, que ajudará no controle dos ventrículos. 

O cardiologista e arritmologista, Nilton Carneiro, explica ainda outras dúvidas que podem surgir sobre taquicardia ventricular. 

Fatores de risco

Os fatores de risco da taquicardia ventricular estão associados com a possibilidade do coração enfraquecer ou ficar doente anatomicamente. Então, todos aqueles fatores de risco clássicos, como hipertensão, diabetes e colesterol alto entram nessa lista. 

A principal complicação da taquicardia ventricular é o risco de morte súbita. Ela é sempre é uma arritmia grave que, em alguns pacientes, é apresentada a taquicardia ventricular não sustentada, ou seja, ela ocorre por pouco tempo. 

Então, pode ser que o paciente tenha num Holter ou em um eletrocardiograma esse diagnóstico. Dessa forma, o risco não é tão acentuado, mas de qualquer modo isso leva à necessidade de se consultar com um cardiologista. 

Algumas ações são indicadas, como por exemplo: cessar o tabagismo, realizar atividade física, controlar a hipertensão arterial, diabetes, colesterol, entre outros.  Por fim, você também deve fazer consulta de rotina com o médico generalista ou cardiologista.

Fonte: Nilton Carneiro – Cardiologista e Arritmologista do Hospital Santa Catarina – Paulista

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