Tabaco e álcool aumentam as chances de tumores na cabeça e no pescoço
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), a associação do consumo de tabaco e álcool multiplica em até 20 vezes a possibilidade de uma pessoa saudável desenvolver algum tipo de câncer de cabeça e pescoço. Isso porque uso das substâncias, segundo estudos, é o principal fator para o desenvolvimento de um câncer específico e frequente.
“Em geral, quando falamos em prevenção de câncer, temos que evitar o tabaco. A cada dez pacientes que atendemos com câncer na boca, laringe ou faringe, pelo menos nove têm relação com o tabaco”, explica. “Temos que tomar cuidado. E evitar a associação de tabaco e álcool porque essa é uma relação péssima”, explica o cirurgião Flávio Hojaij, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Para Hojaij, além de evitar o consumo dessas substâncias, a conscientização da população é outra importante medida de prevenção. “Isso para uma coisa muito clara e objetiva, que é o diagnóstico precoce”, ressalta. Com o diagnóstico precoce de um tumor de boca, faringe ou laringe, por exemplo, o paciente encontra tratamentos pouco onerosos tanto na esfera financeira quanto na da saúde.
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Tabaco e álcool aumentam o risco de carcinoma
Dentre os tumores causados pela associação de tabaco e álcool, um exemplo é o carcinoma das células escamosas. Ele “reveste toda a cavidade oral e as mucosas dessa região”, complementa. Ainda de acordo com o professor, 95% dos cânceres de boca é um carcinoma epidermoide.
Ademais, o cirurgião define alguns sintomas que podem estar associados ao desenvolvimento de tumores, entre eles “úlcera oral, dor na garganta, rouquidão, e nódulo no pescoço”.
Se o paciente ainda for fumante, ingerir bebidas alcoólicas com frequência e apresentar alguns desses sintomas, é recomendável que procure orientação especializada. “Essa é a via com o tratamento mais adequado”, revela.
Ainda de acordo com o professor, a higiene oral é muito importante para a saúde não só pela questão do câncer, mas também para evitar outras doenças cardíacas, por exemplo. “As outras doenças também continuam”, finaliza Hojaij.
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Fonte: Jornal da USP