Subfertilidade feminina: o que é e como tratar?

Saúde
04 de Abril, 2022
Subfertilidade feminina: o que é e como tratar?

A subfertilidade feminina consiste em alguns problemas que podem acontecer no decorrer da vida das mulheres, como diminuir as chances de engravidar e afetar a ovulação.  

“Pode ser um problema hormonal, pode ser um problema local no útero, ovário ou até um problema metabólico capaz de alterar a ovulação, a introdução do óvulo e dificuldade de engravidar”, explica a Dra. Mariana Rosário, ginecologista, obstetra e mastologista.

Dessa forma, a palavra ‘subfertilidade’ se refere à diminuição da fertilidade. Mas não há uma completa incapacidade de engravidar. 

Causas da subfertilidade feminina

A ginecologista Dra. Mariana Rosário Causas citou algumas possíveis causas da subfertilidade feminina. Assim, saiba quais são elas: 

  • Hormonais;
  • Tireoide;
  • Hormônios sexuais;
  • Problemas metabólicos;
  • Aumento de glicemia;
  • Resistência à insulina;
  • Síndrome do Ovário Policístico (SOP);
  • Endometriose;
  • Entre outros vários os fatores que podem causar a subfertilidade.

Além disso, causas comuns de subfertilidade feminina incluem distúrbios ovulatórios, como a insuficiência ovárica prematura e a síndrome dos ovários policísticos, ou anomalias uterinas, como a endometriose. A subfertilidade também ocorre com o avançar da idade no sexo feminino, especialmente após os 35 anos.  

Portanto, é necessário encontrar a causa da subfertilidade para que a paciente busque os tratamentos corretos para reverter esse problema, aumentar as chances da fertilidade e conseguir engravidar. 

Sintomas

Segundo a Dra. Mariana Rosário os principais sintomas da subfertilidade feminina dependem muito do que a mulher tem. Portanto, cada doença tem o seu sintoma. 

“Mas uma paciente desconfia que ela tem uma subfertilidade quando ela está tentando engravidar e não consegue, normalmente por um longo período”, lembra a especialista. 

A ginecologista explica que não existe um período fixo que é possível saber que a mulher sofre de subfertilidade: “porém, uma paciente que está tentando engravidar por mais de 6 meses e não está conseguindo, por exemplo, ela precisa fazer alguma investigação”, alerta.

Diagnóstico da subfertilidade feminina

É importante que o diagnóstico seja realizado desde o início com uma pesquisa básica sobre infertilidade pelo casal que deseja engravidar. 

Por isso, para identificar a subfertilidade feminina é preciso realizar diagnósticos e submeter a mulher a uma série de exames. 

“O diagnóstico é feito por exames de imagem, exames de sangue e uma história clínica muito bem tirada dessa paciente”, confirma a especialista. 

Existem outros exames capazes de diagnosticar as causas mais graves, que podem provocar infertilidade irreversível ou redução nas taxas de gravidez. Veja quais são:

  • Ultrassonografia transvaginal;
  • Exames hormonais femininos;
  • Histeroscopia: exame que permite visualizar diretamente a cavidade do útero; 
  • Histerossalpingografia: exame que diagnostica o componente feminino da infertilidade conjugal, avaliando o trajeto percorrido pelo espermatozóide até a trompa de Falópio, local onde ocorre a fertilização do óvulo.

Tratamentos

As mulheres que sofrem de subfertilidade feminina podem ficar tranquilas, pois há tratamentos para essa condição que diminui a sua fertilidade e pode complicar a fecundação da gravidez. 

A obstetra informa que os tratamentos para a subfertilidade feminina dependem muito do que a mulher possui: “se ela tem SOP (Síndrome do Ovário Policístico), então ela irá tratar com dieta, exercícios, com suplementação, reposição hormonal, entre outros tratamentos”. 

De acordo com a Dra. Mariana Rosário, se a paciente tiver resistência à insulina, ela também deve fazer dieta, exercícios e usar medicação se precisar. “Tudo  depende de cada causa da subfertilidade para a mulher ter os melhores tipos de tratamento”, confirma. 

Leia também: Endometriose umbilical: condição pode causar infertilidade

Diferenças entre fertilidade, infertilidade, subfertilidade e esterilidade 

Os termos fertilidade, infertilidade, subfertilidade e esterilidade podem confundir as mulheres que desejam engravidar e não sabem qual o problema que está atrapalhando a fecundação. 

Para você não ter mais dúvidas, a nossa ginecologista consultada diferenciou cada um desses termos. Veja as diferenças entre ele: 

  1. Fertilidade: se refere à mulher que consegue engravidar normalmente, que menstrua todo mês e que está tudo certo.
  2. Infertilidade: ela é muito parecida com a subfertilidade, então é algum problema que dificulta que essa mulher engravide. É um problema que tem que ser descoberto e que vai dificultar essa gestação, mas que pode ser tratado. Também existe a infertilidade masculina.
  3. Subfertilidade: refere-se à diminuição da fertilidade, mas não há uma completa incapacidade de engravidar. 
  4. Esterilidade: quando uma pessoa não consegue engravidar de qualquer forma. 

A obstetra comenta que os casos de esterilidade podem acontecem em: uma hermafrodita, uma mulher com uma Síndrome de Turner (não tem produção de gametas direito) ou uma mulher que não tem os dois ovários (teve que tirar por algum motivo ou nasceu sem ele, então ela não ovula), por exemplo. 

“Portanto, no caso da esterilidade não existe a possibilidade dessa pessoa engravidar, mas já na infertilidade é possível buscar tratamentos”, finaliza. 

Sinais de alerta da infertilidade

Existem alguns sintomas e sinais de alerta que podem indicar a infertilidade feminina. Saiba quais são eles, a seguir: 

  • Distúrbios hormonais: diminuição do apetite sexual, alterações na pele (aumento de oleosidade na pele e acnes), queda de cabelo e ganho de peso, por exemplo.
  • Menstruação irregular: se o ciclo menstrual é irregular, fica mais difícil saber quando e se a mulher vai ovular. Essa irregularidade pode ser consequência de diversas alterações e condições de saúde, como Síndrome do Ovário Policístico, disfunções na tireoide, endometriose e doenças no útero (pólipos e miomas, por exemplo).
  • Sangramento vaginal intenso: o alto fluxo de sangramento nos 2 primeiros dias de menstruação é considerado normal. Porém, é preciso investigar se houver um fluxo anormal durante todo o período menstrual. 
  • Cólicas abdominais muito fortes: sentir cólicas no período menstrual é normal, mas sentir dores que atrapalhem a execução das atividades habituais, por exemplo, não é normal e pode indicar adenomiose, miomas, endometriose, entre outras condições de saúde.
  • Dor durante a relação sexual: é preciso buscar as causas desse incômodo acontecer porque sentir dores durante o ato sexual não é normal. Isso pode indicar alterações nos órgãos pélvicos.
  • Escape (sangramento entre menstruações): se esse escape persistir por vários dias e ser acompanhado de dor na pelve ou corrimento vaginal, então pode indicar quadros de infecção do endométrio (endometrite) ou das trompas. 

Qualquer dor ou situação considerada anormal é preciso ser investigada para descobrir se o problema é infertilidade, subfertilidade ou esterilidade. 

Fonte: Dra. Mariana Rosário, ginecologista, obstetra e mastologista. 

Sobre o autor

Redação
Todos os textos assinados pela nossa equipe editorial, nutricional e educadores físicos.

Leia também:

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Pessoas com histórico de infarto têm mais risco de desenvolver outros problemas de saúde a longo prazo, como insuficiências cardíaca e renal, arritmias e até depressão,

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Problemas como insuficiências cardíaca e até depressão são mais frequentes em quem sofreu um ataque cardíaco

Bem-estar Equilíbrio Saúde

“É impossível ser feliz sozinho”: cultivar relacionamentos está entre os segredos para viver mais

Indo na direção contrária da longevidade, um estudo revelou que quase ¼ das pessoas em todo o mundo se sentem sozinhas