Mais da metade dos brasileiros estava com sobrepeso em 2021
Quase seis em cada dez brasileiros (57,25%) estavam com sobrepeso no ano passado, indicou a pesquisa Vigitel 2021, realizada anualmente pelo Ministério da Saúde (MS) e cujos resultados foram divulgados recentemente.
O índice representou uma oscilação negativa pequena em relação ao ano anterior, quando ficou em 57,5%. Antes da pandemia, em 2019, a taxa era menor, de 55,4%.A condição era maior entre homens (59,9%) do que entre mulheres (55%).
Já no que diz respeito à obesidade, o índice em 2021 ficou em 22,35% no Brasil. O que foi superior ao do ano anterior, que marcou 21,55%. Assim como no caso do sobrepeso, os dados indicam um crescimento durante a pandemia. Em 2019, o índice de pessoas obesas entre os ouvidos no levantamento estava em 20,27%. Mas diferentemente do sobrepeso, a condição foi maior entre mulheres (22,6%) do que em homens (22%).
Sobrepeso e obesidade na pandemia
Outros levantamentos já haviam indicado maiores índices de sobrepeso e obesidade durante a pandemia. De acordo com uma pesquisa conduzida pela Ipsos Global Advisor, por exemplo, houve um um aumento médio de 6,5 kg na balança dos brasileiros desde 2020. Inclusive, o Brasil está em primeiro lugar na lista dos países que mais ganharam peso, segundo o mesmo artigo.
Aqui, mais da metade dos entrevistados (52%) afirmou ter engordado durante a pandemia. A média global foi de 31%, com cerca de 6,1 kg. Em segundo lugar ficou o Chile, com 51% da população indicando o aumento na balança. Em último, a China, com 6%. Mais de 22 mil pessoas foram entrevistadas para o levantamento, realizado entre os meses de outubro a novembro de 2020.
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Riscos do aumento do sobrepeso e da obesidade em 2021
De acordo com a nutricionista Julia Carricondo para a Agência Brasil, quando somados os números de pessoas atingidas pelo sobrepeso e obesidade, oito em cada dez brasileiros acabam sofrendo de um desses males. Ela avalia que os dados são preocupantes porque diversas doenças crônicas estão ligadas a essa condição, como diabetes e hipertensão.
“Um dos motivos desse crescimento está no consumo de hortaliças, que foi somente 22%, enquanto que o de alimentos ultraprocessados atingiu 20%. Isso demonstra que o aumento da obesidade está relacionado à ampliação do consumo desses alimentos e de outros com teores grandes de açúcar e gordura”, analisa.
Além disso, a profissional acrescenta que outro fator foi a pandemia, quando as pessoas diminuíram as atividades físicas e passaram a se alimentar de forma pior. “Não é à toa que buscas de receitas de pães, bolos e sobremesas tiveram aumento importante na Internet. As pessoas se alimentaram de forma mais displicente”, comenta.
Fonte: Agência Brasil.