Como a Síndrome de Burnout pode afetar o coração

Equilíbrio
20 de Janeiro, 2020
Como a Síndrome de Burnout pode afetar o coração

O mundo profissional exige cada vez mais produtividade e eficiência. Isso está deixando as pessoas doentes – e não é uma doença qualquer. A Síndrome de Burnout entrou no radar da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a International Stress Management Association (Isma), apontou que o problema afeta 30% dos profissionais brasileiros.

Assim, burnout significa entrar em colapso físico e mental por causa de pressão excessiva no trabalho, acúmulo de funções e responsabilidades que, ao longo do tempo, causam consequências para a saúde.

Além disso, um novo estudo comandado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Wake Forest, nos Estados Unidos, encontrou uma nova relação entre o problema de esgotamento e a saúde, especificamente a saúde do coração. 

A pesquisa foi feita com mais de 11 mil pessoas, e os especialistas descobriram que os participantes com altos níveis de exaustão vital (outro termo usado para síndrome de burnout) eram 20% mais propensos a desenvolver fibrilação atrial, mais conhecida como batimento cardíaco irregular ou rápido.

A análise começou com a avaliação da exaustão vital, raiva, uso de antidepressivos e níveis de apoio social no grupo de teste. Os pesquisadores acompanharam o grupo por 25 anos para ver qual era a ocorrência de fibrilação atrial. As outras condições testadas (raiva, uso de antidepressivos e baixo apoio social) não tiveram correlação com batimentos cardíacos irregulares.

Dessa forma, a Síndrome de Burnout está associada ao aumento da inflamação e o aumento da ativação da resposta fisiológica ao estresse do corpo. Ou seja, quando essas duas coisas são desencadeadas cronicamente, podem ter efeitos sérios e prejudiciais no tecido cardíaco, o que pode levar ao desenvolvimento de arritmia.

Leia também: Como o burnout pode afetar a saúde

Sintomas da Síndrome de Burnout

Apenas um psicólogo, psiquiatra, ou algum outro profissional da área poderá realizar o diagnóstico correto. Portanto, o ideal é procurar ajuda e ficar atento se você tiver alguns desses sintomas:

  • Crises de estresse frequente;
  • Tremores;
  • Insônia;
  • Ansiedade;
  • Depressão;
  • Cansaço crônico;
  • Dificuldade de se concentrar;
  • Perda de interesse por assuntos relacionados ao trabalho;
  • Falta ou excesso de apetite;

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

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