Síndrome da boazinha: A necessidade de agradar a qualquer custo
Você conhece alguém que tem como prioridade agradar todos ao redor, tem dificuldade em dizer não e sempre se coloca em segundo plano? Se a resposta for positiva, pode ser que essa pessoa — ou até mesmo você — sofra com a síndrome da boazinha.
O termo foi criado pela psicóloga Harriet B. Braiker em um livro publicado pela mesma. De acordo com a especialista, indivíduos com a síndrome querem agradar a todos ao redor como forma de evitar conflitos. Seja por medo de serem rejeitadas, abandonadas ou não amadas.
Geralmente, esse problema surge na infância devido a crenças limitantes. Um exemplo disso é quando a criança cresce com a convicção de que se não atender os desejos dos pais, não será amada.
Assim, a síndrome da boazinha traz diversos problemas. Isso porque, a partir do momento que há uma preocupação excessiva em corresponder às expectativas dos outros, as próprias vontades e necessidades são deixadas de lado. Isto é, a pessoa esquece os seus objetivos e se sente frustrada por achar que não fez o suficiente.
Dessa maneira, esses sentimentos trazem à tona consequências para a saúde mental e a física. Por exemplo, dores crônicas, doenças e transtornos psiquiátricos como ansiedade, depressão, entre outras.
Apesar de ser mais evidente em mulheres, também pode ocorrer entre os homens.
Sintomas da síndrome da boazinha
Para reconhecer a síndrome da boazinha, veja os principais sintomas da condição:
- Dificuldade em dizer não;
- Medo de desagradar os outros e de ser rejeitado ou abandonado;
- Desgaste físico, mental e emocional devido ao acúmulo de compromissos e tarefas;
- Necessidade constante de aprovação;
- Não ter voz ativa para enfrentamentos;
- Dificuldade em fazer críticas (mesmo as construtivas).
Me identifiquei com a síndrome da boazinha, o que eu faço?
Se você acredita ter a síndrome da boazinha, o essencial é obter novos hábitos e mudar esse padrão de comportamento. Fácil não é, mas algumas dicas podem te ajudar a lidar com a situação:
Coloque-se no foco da narrativa
Antes de mais nada, pense em você mesmo. Portanto, a dificuldade em dizer não pode ser driblada quando você começa a falar sobre si mesmo e não sobre o outro.
Por exemplo, diga “eu não me sinto confortável para ir a essa festa”, “eu não estou com tempo para terminar o projeto hoje”.
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Identifique os prós e os contras de cada opção
Essa também é uma dica importante, portanto escreva em um papel todos os benefícios e prejuízos de cada uma das suas opções. Dessa forma, você ficará muito mais seguro(a) para dar a sua resposta — seja ela um “sim”, um “não” ou fazer uma nova sugestão.
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Faça terapia
Apesar das dicas acima, o mais importante é buscar ajuda psicológica por meio da terapia. Durante as sessões, o terapeuta irá te ajudar a descobrir as raízes do problema e quais são as melhores formas de tratá-lo.