Sibutramina: Para que serve, como tomar e efeitos colaterais
Sibutramina é um medicamento utilizado para o emagrecimento e age inibindo a reabsorção de neurotransmissores como: serotonina, norepinefrina e dopamina. Estas ações promovem o aumento da saciedade e reduzem o gasto energético que acompanha a perda de peso.
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Muitas mulheres têm usado o medicamento para despachar aqueles poucos quilinhos extras mais rapidamente. Porém, ele é indicado somente quando a orientação alimentar somada a atividade física não foram capazes de atingir o objetivo clínico, naqueles pacientes com IMC maior ou igual a 30 kg/m2, ou maior ou igual a 27 kg/m2 associado a algum fator de risco. Sempre é reforçada a necessidade do tratamento conjunto com reeducação alimentar e exercícios.
Composição
Cada cápsula de 10 mg contém:
cloridrato de Sibutramina monoidratado …………………………………………………….. 10 mg
(equivalente a 8,37 mg de Sibutramina).
excipiente: celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de magnésio e lactose monoidratada.
Cada cápsula de 15 mg contém:
cloridrato de Sibutramina monoidratado …………………………………………………….. 15 mg
(equivalente a 12,55 mg de Sibutramina).
excipiente: celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de magnésio e lactose monoidratada.
Como tomar sibutramina? Com qual dosagem?
O medicamento está disponível em cápsulas de 10mg e de 15mg e não há estudos de segurança com doses superiores a 20mg ao dia, esta dose deve ser considerada somente em casos selecionados. Pesquisas mostraram que 84% dos pacientes com sibutramina queixaram-se de algum efeito colateral, quando comparados aos 71% dos que receberam placebo.
A sibutramina é vendida mediante uma prescrição, retida em farmácia. Cada receita pode comercializar no máximo duas caixas da droga. Médico e paciente devem assinar um termo de responsabilidade.
Contraindicações e efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns são: boca seca, obstipação intestinal, dor de cabeça e insônia, que ocorrem numa freqüência de 10 a 20% dos casos. Outros efeitos adversos descritos na literatura são muito variáveis: aumento de pressão arterial e frequência dos batimentos cardíacos, formigamentos, dor em região lombar, náusea, aumento do suor, modificação do paladar, alterações da visão (moscas volantes).
Houve um número significativamente maior de casos de infecção de ouvido, sinusite e resfriado comum entre pacientes usuários do medicamento em relação a usuários de placebo. Aparentemente, os eventos adversos são dose-dependentes.
Quem não deve tomar sibutramina
A sibutramina é contra-indicada para pessoas com histórico de diabetes mellitus tipo 2 com pelo menos um outro fator de risco, como hipertensão ou altos níveis de colesterol, pessoas com doenças cardíacas, distúrbios alimentares como anorexia nervosa ou bulimia, que usam cigarro com frequência e quando se usa outros medicamentos como descongestionantes nasais, antidepressivos, antitussígenos ou supressores do apetite.
Outros remédios disponíveis para tratar o excesso de peso
- Orlistate: diminui a absorção de gordura da dieta, que é eliminada nas fezes. Seu efeito na perda de peso é limitado.
- Liraglutida: imita a ação do hormônio GLP-1, originalmente fabricado pelo intestino. O objetivo é induzir uma maior saciedade.
- Lorcaserina: mexe com o neurotransmissor serotonina e faz com que o indivíduo se sinta satisfeito mesmo comendo menos.
Remédios para emagrecer viciam?
Mito. O que acontece é que, pela obesidade ser uma doença crônica, é preciso fazer uso deles por longos períodos. Quando o paciente para de tomar, a doença volta a se manifestar com intensidade.
Outro fator que leva a pessoa a voltar a engordar após tomar esse tipo de medicamento, se deve ao fato de não haver mudança na rotina e na alimentação, fundamentais para a manutenção do emagrecimento.
Relatos de quem usou sibutramina
“A sibutramina me ajudou a reduzir o consumo de açúcar”
A auxiliar de manutenção Sara Pereira da Silva, de 53 anos estava acima do peso e pré-diabética. Por isso, procurou ajuda médica para mudar os hábitos e emagrecer. “O médico me prescreveu a sibutramina, a qual estou tomando há 6 meses. No começo, o remédio mexeu bastante com o meu organismo, ficava um pouco atordoada. A dosagem aumentava mês a mês.
Nos primeiros 30 dias, tomava 7 mg de sibutramina, por duas vezes ao dia. Depois passei a ingerir 7,5 mg. Ao contrário de muitas pessoas que reclamam dos efeitos colaterais do medicamento, eu acho que a substância está sendo fundamental para controlar minha vontade de comer doces. Nunca fui de exagerar na comida, mas o excesso de açúcar sempre foi um problema na minha alimentação – chegava a ter refluxo por causa de tantos doces.
Já eliminei 7 kg, mas é claro que estou seguindo um programa de reeducação alimentar e recebendo apoio profissional. O medicamento é só um auxiliar para essa mudança de hábitos, inclusive na relação com os alimentos. Agora, a meta é eliminar mais 13 kg”.
“Tive episódios de ansiedade sem motivo aparente”
O microempreendedor Danilo Freire, de 34 anos, sempre teve problemas com a balança. Tentou diversas dietas para emagrecer, mas recuperava os quilos perdidos logo após deixar de segui-las. Percebeu que precisava de uma revisão de hábitos para fazer da dieta um estilo de vida, e não apenas uma medida para perder peso. Foi ao nutricionista e recebeu a avaliação: 105 kg, exames alterados e a missão de eliminar 30 kg.
“Seguia direitinho o cardápio da nutricionista, mas meu fraco eram os happy hours e saídas aos finais de semana. Acabava descontando na comida, o que me desanimou bastante. Mesmo assim, consegui emagrecer 10 kg em dois meses. Aí descobri que um amigo estava tomando sibutramina. Ele alegou que estava emagrecendo rapidamente e recomendou que eu procurasse me informar a respeito.
Então perguntei a um amigo que é médico, que me falou dos benefícios, mas me alertou sobre os possíveis efeitos colaterais. Principalmente para mim, que fui um adolescente anoréxico, o medicamento poderia acentuar os sintomas novamente.
Determinado, pedi a receita, que contava com doses progressivas. A primeira quinzena foi terrível, porque eu tinha muita ânsia de vômito e sono absurdo. Não podia nem tomar um café, pois meu estômago ficava facilmente irritado. Parei de tomar por uma semana, mas depois voltei, porque senti que precisava ter foco.
A segunda fase
Os dois meses seguintes foram tranquilos, percebia que o remédio realmente ajudava a reduzir as medidas. Mas senti um efeito platô muito evidente depois desse período, o que me levou ao aumento da dosagem, até chegar a 15 mg.
Quando passei a ingerir essa dose, ficava ansioso e com mania de perseguição. Chegava a ficar um dia inteiro sem comer. Fiquei extremamente magro, enfraquecido e com variações de humor. Sim, eu consegui emagrecer, mas isso custou minha paz. Acho que a sibutramina não é para todo mundo, porque cada corpo pode reagir de uma forma diferente. O meu simplesmente a rejeitou, mas eu persisti no erro.
Mas, hoje sigo uma dieta variada e faço terapia para manter meu peso e está dando certo. Tenho muito mais equilíbrio nas minhas escolhas, porque mudei minha mentalidade. Parei de colocar meu estômago no centro das atenções. Agora, é minha cabeça que precisa saber a hora de parar de comer”.
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Sibutramina: Um resumo
A Sibutramina é uma medicação utilizada para emagrecer em alguns casos de pacientes com IMC maior que 27 e mais indicado para quem possui o IMC maior que 30 (casos de obesidade). Porém, o seu uso costuma trazer bastante efeitos colaterais e sua legalização ainda sofre com polêmicas de tempos em tempos.
Mesmo tomando a sibutramina, após indicação médica, é necessário fazer uma reeducação alimentar e exercícios físicos para que o emagrecimento se dê de forma saudável e mais intensa.
Vale salientar, que TODOS os medicamentos que citamos nesta matéria devem ser utilizados APENAS COM PRESCRIÇÃO MÉDICA, e mesmo assim com bastante cautela. O ideal é sempre ter uma alimentação equilibrada e adequada ao seu objetivo. O uso de medicamentos pode trazer diversos riscos e feitos colaterais.