Sharenting: Como expor crianças nas redes sociais pode afetá-las
Provavelmente você já viu fotos de crianças e bebês no Instagram, principalmente em perfis monitorados pelos pais. No início, pode parecer algo inocente, afinal, é uma forma de compartilhar os momentos dos pequenos com familiares e amigos. No entanto, o conteúdo pode constranger as crianças tanto no presente, quanto no futuro. Essa atitude ganhou até um nome: sharenting.
O sharenting é a junção dos termos em inglês share (que significa dividir, compartilhar) e parenting (em português, parentalidade). Dessa maneira, essa atitude diz respeito ao compartilhamento de fotos e vídeos que antes costumavam ficar em círculos privados.
Uma pesquisa feita em 2017 com 2 mil pais de crianças pequenas apontou que eles publicaram, por ano, 195 fotos de seus filhos nas redes sociais.
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Consequências do Sharenting
Mas poucos sabem que isso pode afetar a saúde mental das crianças. Por exemplo, postar o vídeo “fofo” de um bebê seminu caindo no chão pode não parecer tão fofo para a criança em questão — e até mesmo virar motivo de bullying na escola.
Segundo especialistas entrevistados pelo jornal inglês The Guardian, ao serem foco constante de aprovação pública em rede social, essas crianças podem apresentar quadros de estresse excessivo. Além disso, elas podem não aprender direito a discernir o que é público e o que é privado.
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Ademais, há outro fator ainda pior: as fotos e os vídeos públicos podem parar em redes de pornografia infantil.
Por isso, se você costuma postar fotos ou vídeos dos seus filhos nas redes sociais, atente-se às configurações de privacidade. Isto é, busque deixar as suas contas privadas, com acesso apenas para familiares e amigos. Por fim, postar “pegadinhas” com as crianças pode não ser uma boa ideia.