Sertralina: O que é e para que serve o medicamento

Equilíbrio
29 de Novembro, 2021
Sertralina: O que é e para que serve o medicamento

O cloridrato de sertralina é um antidepressivo indicado para o tratamento de depressão e diversas outras condições psiquiátricas, como ataques de pânico, ansiedade crônica e transtorno obsessivo compulsivo (TOC).

“Na verdade, a nomenclatura ‘antidepressivo’ é errada, uma vez que a gente usa o medicamento para outras coisas além da doença. Mas de qualquer forma, ele age aumentando a quantidade de serotonina na fenda sináptica do cérebro, causando uma melhora nos diversos quadros”, explica a psiquiatra Danielle H. Admoni.

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Ainda de acordo com ela, o remédio tende a ser bem tolerado pelo organismo e geralmente não causa efeitos colaterais graves, sendo muito indicado para idosos. Saiba mais sobre a sertralina:

Sertralina: Como funciona no organismo

A sertralina age aumentando a disponibilidade de serotonina no cérebro. A substância, por sua vez, nada mais é do que um neurotransmissor que estabelece certas ligações entre as células nervosas e, desse modo, regula o humor, o sono, o apetite, o ritmo cardíaco, a sensibilidade corporal e as funções cognitivas. Por isso, quando em baixa concentração no organismo, ela pode gerar mau humor, insônia, ansiedade e até depressão.

De acordo com a própria bula do medicamento, ele começa a fazer efeito entre sete dias e três semanas de uso. Contudo, o tempo exato pode variar de acordo com o grau do transtorno do paciente e de suas características fisiológicas.

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Para que serve a sertralina

Como já dito anteriormente, apesar de ser um antidepressivo, a sertralina também pode ser recomendada pelo médico para o tratamento de diversas condições:

  • Transtorno obsessivo compulsivo (TOC): distúrbio psiquiátrico caracterizado por crises recorrentes de obsessões e compulsões;
  • Ansiedade crônica: forma de preocupação persistente e excessiva desproporcional à circunstância real, que é difícil de controlar e afeta o paciente fisicamente e emocionalmente;
  • Síndrome do pânico: ataques de pânico recorrentes que causam uma preocupação excessiva com ataques futuros e/ou modificações de comportamento para evitar situações que poderiam desencadear um ataque;
  • Transtorno do estresse pós-traumático: tipo de transtorno de ansiedade que pode se desenvolver em pessoas que vivenciaram um evento traumático. Essa condição causa sofrimento intenso e prejuízos a vários aspectos da vida, como trabalho e relacionamentos;
  • Fobia social: medo ou ansiedade relacionada a determinadas situações sociais ou de desempenho. Essas situações são com frequência evitadas ou suportadas com muita angústia.

Contraindicações

“A gente geralmente evita os antidepressivos, por exemplo, em quem sofre de transtorno afetivo bipolar e tem chance de uma virada maníaca [surgimento de sintomas como insônia, fala acelerada, inquietude e impulsividade exacerbada]”, diz a especialista.

Além disso, lactantes, crianças menores de seis anos e pacientes com hipersensibilidade à sertralina não devem tomá-la. Já pessoas que fazem uso dos chamados inibidores da enzima monoaminoxidase (IMAO) necessitam cautela e acompanhamento para utilizar os dois medicamentos.

Por fim, pessoas com diabetes devem manter a glicemia sob controle durante o tratamento, e quem sofre com glaucoma de ângulo fechado deve ser acompanhado pelo médico.

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Possíveis efeitos colaterais da sertralina

“Normalmente, o remédio é bem tolerado pelo organismo”, afirma a médica. Ela diz que podem surgir dores de cabeça e no estômago (de intensidade leve) no início do tratamento, mas elas costumam melhorar com o tempo. Em alguns casos, há ainda o aparecimento de enjoos.

“Alguns antidepressivos podem levar à disfunção erétil, mas não é uma regra”, ela complementa. Por isso, é essencial o acompanhamento médico.

Fonte: Danielle H. Admoni, psiquiatra na Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).

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