Conheça os riscos de utilizar roupas de banho molhadas

Saúde
08 de Fevereiro, 2022
Conheça os riscos de utilizar roupas de banho molhadas

É no verão que usamos e abusamos das roupas queridinhas do verão, como biquínis, sungas, shorts, entre outros. Porém, você sabia que utilizar roupas de banho molhadas podem trazer malefícios para a saúde? Por isso, é comum que no calor surjam problemas como micoses e infecções fúngicas, como a cândidíase, por exemplo. Saiba mais.

Roupas de banho molhadas: quais os riscos?

Permanecer com a roupa íntima molhada por longo período pode trazer prejuízos à saúde. A infecção urinária é um deles. Isso porque o problema pode aumentar com o uso prolongado de roupas de banho molhadas, especialmente em mulheres, já que altera a flora bacteriana vaginal.

Do mesmo modo, aumentam também, em mulheres, os riscos de infecções fúngicas vaginais, enquanto em homens aumenta-se o risco de desenvolver infecções fúngicas na região da virilha. É o caso da candidíase. Em geral os sintomas da candidíase são coceira, corrimento de cor branca, ardência e inchaço ou vermelhidão na região íntima. Nos homens, pode causar o aumento da quantidade de esmegma (secreção no pênis) e mau cheiro na virilha, que adquire coloração esbranquiçada. O tratamento é feito com antifúngicos. Ao surgir esses sintomas, procure imediatamente o médico para que seja aplicada a melhor forma de tratamento, que varia de acordo com a causa e o perfil da paciente.

Além disso, homens que ficam muito tempo com roupas de banho molhadas, como sungas, podem sofrer de dermatite seborreica, que causa coceira intensa na bolsa escrotal e na virilha. As micoses são outros problemas causados pelo uso de roupas de banho molhadas, que aumentam por conta do calor e umidade.

Umidade e suor também atrapalham

A umidade e o suor excessivo também pode trazer prejuízos para a saúde. Dessa forma, quem frequenta academia, faz exercício ao ar livre ou mergulha na piscina ou no mar pode ficar com a pele irritada se não trocar a roupa molhada. É comum, por exemplo, sintomas como pele enrugada e inchada.

Além disso, a pele úmida é um ambiente que favorece irritações e infecções. O atrito causa desconforto, inclusive na região íntima, que ficou em contato com o suor e pode ficar “assada”, além de abrir espaço para que os fungos se proliferam nas regiões quentes e úmidas, causando os problemas já mencionados anteriormente, como micoses e candidíase, por exemplo.

Como evitar problemas com as roupas de banho molhadas

  • Logo após voltar da praia, tome um banho, seque-se bem e vista roupas limpas. Ter esse cuidado também com os pequenos é essencial, já que eles correm os mesmos riscos que os adultos.
  • Além do banho, lave tudo o que usou. Quando não removidos, resíduos de protetor solar podem obstruir os poros, as peças podem voltar cheias de areia, que é suscetível a parasitas de micoses e lesões (como por bicho geográfico) e, em contato direto com a pele, causa atrito e, consequentemente, assaduras, bolhas e ferimentos.
  • Os trajes de banho devem ser lavados à mão com sabão de coco ou sabonete líquido neutro. Evite amaciantes e produtos perfumados e abrasivos, pois podem causar irritações em regiões íntimas.
  • Antes de utilizar as peças, lave-as, também, principalmente as novas, que passaram por provadores, lojas, fábricas etc. Além disso, as roupas podem ter passado por tratamentos químicos que causam alergias e queimaduras se não lavadas.
  • Prefira roupas frescas, sobretudo de algodão e fibras que permitam que a pele respire. Dessa forma, evite as muito justas, feitas de lycra e látex.
  • Tome mais banhos em dias muito quentes, mas sem exagerar no uso de sabonete íntimo, pois eles podem irritar a pele e facilitar o surgimento da candidíase.
  • Ao frequentar praia ou piscina, leve uma outra peça seca para trocar, a fim de não passar tanto tempo com o biquíni ou maiô molhado.
  • Leve sua própria cadeira de praia ou forre-a com uma toalha, caso ela seja alugada, evitando assim a proliferação de bactérias.
  • Do mesmo modo, também não é indicado se sentar diretamente no chão da praia, sem uma esteira, canga ou cadeira.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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