Roséola: o que é, sintomas, causas e como tratar a condição
A roséola ou exantema súbito é uma infecção viral que afeta bebês e crianças. Apesar de não ser grave, precisa de cuidados e repouso, pois a doença é contagiosa.
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Causas da roséola
Segundo a médica dermatologista Bárbara Carneiro, a causa da roséola é o vírus do herpes tipo 6 (HHV-6). “O maior grupo de risco são os bebês nos primeiros meses de vida aos três anos”, alerta a especialista. A principal via de infecção é oral, por meio do contato com a saliva contaminada. Afinal, crianças nessa faixa etária sofrem uma queda de imunidade pela perda dos anticorpos maternos e tornam-se mais vulneráveis ao vírus.
Sintomas
Normalmente a manifestação da roséola começa com febre repentina e alta. Após alguns dias, a febre diminui e aparecem erupções avermelhadas na pele. A princípio, as lesões são planas, mas algumas crianças podem apresentar edema nas regiões afetadas. “Essas manchas se concentram mais no tronco, e menos na face e nos membros, e desaparecem em dois ou três dias. Mas o sintoma que mais preocupa [os pais] é a febre, pois pode chegar a 39 graus. Com o surgimento das lesões cutâneas, a infecção pode ser confundida com outras doenças, como a rubéola”, comenta Carneiro, que reforça o suporte médico para o diagnóstico correto.
Além disso, alguns pequenos apresentam outros sinais da infecção, que são:
Assim como há crianças que sofrem com os desconfortos acima, existe uma parcela infectada que sequer sente os sintomas ou ficam levemente indispostas com a presença de manchas discretas.
Diagnóstico da roséola
Bárbara explica que o diagnóstico é clínico. “Raramente é necessário realizar exames laboratoriais para confirmar a doença”, esclarece. Então, mesmo que os sintomas sejam sutis, é importante levar a criança ao pediatra ou pronto-socorro para o tratamento mais adequado. Logo, se o seu bebê estiver com febre difícil de ser controlada ou com as manchas citadas aqui, não hesite em consultar um especialista.
Tratamento
Ao ser diagnosticada com roséola, a criança deverá descansar e não ir à escolinha até a liberação médica. Como forma de controlar a febre e os demais sintomas, o profissional poderá prescrever antitérmicos, antivirais e pomadas anti-histamínicas para amenizar a irritação da pele. Já em casa, a recomendação é cuidar da hidratação e oferecer refeições leves se houver diarreia. Em crises de febre, é desejável dar banhos mornos para controlar a temperatura, além de compressas frias. Por fim, dê os medicamentos nas dosagens e horários estabelecidos pelo pediatra.
Dúvidas frequentes sobre roséola
Todas as crianças podem ter roséola?
Não necessariamente. Porém, dos primeiros três meses de vida aos três anos, fase de crescimento com muitas alterações no sistema imunológico, é normal ter infecções do gênero. Afinal, o vírus do herpes é comum e possui tipos variados, cada qual com manifestações diferentes.
É preciso hospitalizar um paciente com roséola?
São raros os casos que precisam de hospitalização. No entanto, quando a criança está com a febre muito alta, o médico pode mantê-la em observação até a temperatura voltar ao normal. Mas fora isso, não há outros riscos que necessitem a internação ou permanência no hospital.
Como prevenir este tipo de doença?
A melhor alternativa para evitar a roséola e outras doenças é redobrar a higiene do bebê e da criança e não compartilhar alimentos e itens pessoais na escolinha, por exemplo. Afinal, a roséola é uma doença que se espalha sobretudo por meio da saliva. Também é importante conscientizar os pais a não levar os filhos doentes para a escola. Dessa forma, evita-se que outros pequenos sejam infectados pelo herpes ou outros vírus. Por fim, uma dieta equilibrada e rica em alimentos nutritivos ajuda a manter o sistema imunológico fortalecido contra enfermidades em geral.
Adultos podem ter roséola?
Embora seja menos comum, algumas pessoas adultas contraem a infecção, que possui os mesmos sintomas. A orientação para o tratamento é a mesma: procure um médico clínico geral ou dermatologista para avaliar o caso.
Existe vacina para a infecção?
Não há um imunizante específico para esse tipo de vírus. Portanto, a melhor forma de evitá-lo é investir na prevenção.
O vírus ataca em alguma época específica do ano?
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o herpes tipo 6 é mais comum durante a primavera. Mas é fundamental ter atenção ao problema em todas as estações.
Fonte: Bárbara Carneiro, médica dermatologista e membro da Associação Brasileira de Medicina Estética e Sociedade Portuguesa de Medicina Estética.