Reinfecção da ômicron: é possível ter a doença mais de uma vez?

Saúde
04 de Fevereiro, 2022
Reinfecção da ômicron: é possível ter a doença mais de uma vez?

A ômicron já é a grande responsável pelo aumento dos casos de covid-19 em todo o mundo. Mas será que quem já se infectou com a variante, pode ter uma reinfecção da Ômicron?

Essa é uma questão ainda estudada pelos cientistas, já que a cepa começou a se propagar recentemente, ou seja, no final de 2021. No entanto, já se sabe que a variante possui “escape de imunidade“. Dessa forma, pessoas podem ser reinfectadas mesmo que tenham tido a doença anteriormente ou tenham sido vacinadas

O que já se sabe sobre reinfecção da Ômicron

Segundo especialistas, é possível sim ocorrer uma reinfecção da Ômicron. Isso porque a imunidade conferida após contrair a doença ou tomar a vacina é maior apenas nos primeiros quatro meses. 

Um estudo do Imperial College London mostra que a Ômicron tem uma grande capacidade de se esquivar da imunidade adquirida de uma infecção anterior. Dessa forma, o risco de reinfecção com a variante é 5,4 vezes maior em comparação à delta. Divulgada em dezembro de 2021, a pesquisa usou como base os dados da Agência Britânica de Segurança Sanitária e do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido.

Além disso, outros estudos, entre eles um publicado por cientistas da África do Sul, têm mostrado que a variante ômicron pode escapar da imunidade adquirida por pessoas que já testaram positivo para covid-19, aumentando a chance de reinfecção da Ômicron, por exemplo.

Vacinas continuam sendo fundamentais

A principal diferença entre a Ômicron e as outras variantes está no maior número de mutações genômicas que ela possui, o que a tornacapaz de infectar pessoas que já tiveram covid-19 no passado ou que já foram totalmente vacinadas. Por isso, já que a imunidade adquirida para Ômicron, assim como para outras cepas, é variável, a vacinação em massa continua sendo a principal maneira de se prevenir. Sem esquecer, é claro, das doses de reforço.

Isso porque somente com a imunidade induzida pela infecção natural não se consegue uma proteção coletiva estável e duradoura. Para a ômicron, é necessária a dose de reforço para o aumento da proteção e a indução de anticorpos neutralizantes em níveis mais elevados.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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