A importância da proteína na gravidez
O corpo da mulher passa por transformações em todas as fases da vida. A gestação, sem dúvida, é uma das mais importantes e pede alguns cuidados para a plena saúde da mãe e do bebê. Com a alimentação, por exemplo, é preciso atenção redobrada para a ingestão adequada de nutrientes importantes, como é o caso da proteína na gravidez. Saiba mais:
Importância da proteína na gravidez
Um dos nutrientes essenciais para o organismo humano é a proteína. Durante a gestação, então, ela ajuda a dar mais disposição para a mãe e auxilia no crescimento saudável do bebê. Além disso, contribui para a redução de fadiga e enjoos. Sem contar que participa dos seguintes processos:
- Produção de anticorpos para o sistema imunológico;
- Fabricação de hormônios e enzimas
- Crescimento e reparo de tecidos novos e/ou danificados;
- Funcionamento correto dos músculos;
- Por fim, transporte de oxigênio por meio do sangue.
Um bom suprimento de proteína na gravidez permite que as células do bebê funcionem bem desde o início. Desse modo, é essencial que toda grávida faça um acompanhamento nutricional para saber se o corpo está produzindo normalmente o macronutriente. Caso não esteja, cabe ao médico realizar uma investigação para descobrir os motivos e indicar à mãe os melhores meios de reverter o quadro.
Um estudo recente publicado na revista PLOS ONE e conduzido por pesquisadores brasileiros da Unicamp, por exemplo, constatou que bebês podem ter mais chances de nascer com problemas renais ou com hipertensão em casos de mães que seguiram uma dieta carente de proteínas. Essas enfermidades podem ocorrer ainda na fase de formação do feto, sugerindo que a proteína deve fazer parte da alimentação da mãe em todos os estágios da gravidez — inclusive após o parto.
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Quantidade e melhor tipo de proteína na gravidez
Nutricionistas recomendam uma ingestão de 60g a 100g de proteínas divididas entre todas as refeições diárias. Contudo, por se tratar de um volume grande, talvez seja necessário recorrer à suplementação com whey protein ou produtos à base de vegetais (arroz, ervilha, semente de girassol etc).
Tão importante quanto a quantidade é a qualidade da proteína, que deve conter todos os aminoácidos essenciais. Os alimentos de origem animal, como carnes magras, vermelhas e alguns peixes são exemplos de boas fontes para consumir durante a gravidez.
Ademais, a melhor estratégia é variar os ingredientes para a dieta não ficar monótona e trazer mais tipos de proteínas. Apostar em grãos e leguminosas como feijões, lentilhas, grão-de-bico e soja trará não apenas ricas fontes do macronutriente, mas outros tipos de vitaminas e minerais para a saúde da gestante — especialmente para aquelas que seguem um estilo de vida vegetariano ou vegano.
Se você, futura mamãe, tem dúvidas sobre a melhor dieta para gestantes, consulte um nutricionista. Ele irá elaborar um cardápio de acordo com as suas necessidades e individualidades.
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Melhores alimentos ricos em proteína para consumir na gravidez
Queijos: ricota, queijo minas e cottage
Perfeitos para o café da manhã, com pães e torradas.
Tofu: Boa proteína na gravidez
Costuma ser uma alternativa ao queijo para pessoas veganas. É muito versátil, pois pode ser preparado em forma de patê ou refogado com outros alimentos, por exemplo.
Carnes de frango e vaca
Duas a três porções nas principais refeições oferecem um bom aporte proteico, dependendo do tamanho do alimento, e o ideal é ingerir entre 100g e 150g de carne no almoço e no jantar. A forma de preparo deve ser assada ou grelhada — evite fritar para não sentir enjoos ou aumentar o valor calórico do prato.
Peixes
Pescada, salmão e bacalhau são exemplos de fontes de proteínas que não oferecem riscos de consumo, desde que sejam sempre cozidas ou assadas.
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Feijão fradinho, carioca e preto
Ingira duas conchas médias no almoço ou no jantar, combinando-as com arroz. Isso porque a dupla se complementa e consegue fornecer todos os aminoácidos essenciais.
Grão-de-bico é uma boa fonte de proteína para consumir na gravidez
Uma xícara do grão traz mais variedade ao cardápio. Pode ser consumido em forma de salada ou acompanhado de outros legumes (como pepino, cebola, tomate e cenoura).
Pasta de amendoim
Uma colher de sopa fornece cerca de 15g de proteína, dependendo do fabricante. Portanto, coma com frutas, mingau de aveia, passe no pãozinho…
Ovos
Nutricionistas recomendam até dois por dia, de preferência cozidos. Ou então consuma-os mexidos logo no desjejum.
Leite de vaca ou bebidas vegetais (as de amêndoas e de amendoim são as mais fartas em proteínas)
Podem ser adicionados ao cafezinho, a uma vitamina ou em receitas de tortas e bolos, por exemplo.
Iogurte natural ou coalhada
Ótima pedida para o café da manhã. Acrescente frutas e mel para dar mais sabor.
Frutos secos (amêndoas, nozes, castanhas, damasco e cranberries, por exemplo)
São ótimos para os lanchinhos entre as principais refeições. A medida de um punhado é a quantidade recomendada.
Fonte: Renata Vacco, nutricionista com especialização em treinamento comportamental de São Paulo/SP. Instagram: @renatavaccoreal