Por que pessoas com asma devem se vacinar contra a influenza?

Saúde
04 de Maio, 2022
Por que pessoas com asma devem se vacinar contra a influenza?

O vírus influenza é o responsável por causar a gripe, uma infecção aguda do sistema respiratório e muito transmissível. Indivíduos na faixa etária acima de 60 anos, pessoas com cardiopatias crônicas e pneumopatias crônicas, bem como pessoas com asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), devem se vacinar contra a influenza. Entenda melhor.

Leia mais: Asma grave: Covid-19 e gripe são fortes gatilhos para doença

Pessoas com asma devem se vacinar contra a gripe

Há duas principais razões para indicar a vacinação para o paciente com asma, de acordo com o Dr. Pedro Giavina Bianchi, coordenador do Departamento Científico de Asma da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). “Um dos principais fatores desencadeantes de crise de asma são as infecções virais respiratórias, destacando-se o rinovírus. Mas o vírus da gripe, o influenza, também causa as exacerbações e, ao se vacinar, diminui-se a chance de contrair influenza e, consequentemente, de evoluir para crises de asma”, explica o especialista em Alergia e Imunologia.

O outro motivo importante para a vacinação contra influenza, segundo Dr. Bianchi, é que a pessoa com infecção respiratória viral fica com as vias aéreas mais propensas para contrair uma infecção bacteriana chamada de secundária. O paciente começa com um resfriado ou gripe e depois evolui para uma sinusite, otite e até mesmo para pneumonia bacteriana.

“Ao se vacinar, o paciente de asma diminui a chance da influenza e, portanto, de uma pneumonia bacteriana secundária. Esse risco de evoluir com uma infecção secundária pode ser maior para um paciente com asma.

Resumindo: a vacinação não só previne a influenza e as infecções bacterianas secundárias, mas também diminui os riscos de crise de asma”, alerta o especialista da ASBAI.

Leia mais: Bombinha de asma: para que serve e recomendações

Como saber se tenho asma?

Organização Mundial da Saúde considera as mudanças climáticas a principal ameaça à existência e ao bem-estar. No Brasil, a poluição, o desmatamento e as queimadas corroboram com a alta do aquecimento global. Por isso, diversos problemas de origem respiratórios são desencadeados, entre eles a asma.

De acordo com Ana Clara Toschi, médica pneumologista pediátrica da rede de hospitais São Camilo (SP), pessoas com asma tem manifestações visíveis e não visíveis. “As visíveis são a tosse, chiado no peito, falta de ar, aperto no peito, despertar noturno. Os aspectos não visíveis são a inflamação das vias aéreas, alteração na estrutura dos brônquios e funcionamento inadequado dos pulmões”, ensina. Outra forma de percepção do problema é observar se você fica facilmente “sem ar” ao fazer tarefas do dia ou ao fazer um treino cárdio.

Os sintomas listados pela especialista podem evidenciar o problema. Ainda assim, é importante descobrir a condição por meio de ajuda médica, de preferência com especialização em pneumologia. Diagnosticada a asma, é indicado o tratamento com a bombinha de asma associada a outros medicamentos, dependendo do nível de inflamação das vias áreas.

A asma tem cura?

Segundo dados do Sistema Único de Saúde, no Brasil, 350.000 internações ocorrem a cada ano por conta da doença. Embora não exista uma cura, a boa notícia é que a asma pode ser controlada e melhorar a qualidade de vida. A bombinha é uma das principais aliadas do tratamento, mas você deve ter assiduidade nas aplicações e seguir as orientações médicas. Sobretudo se você sofre crises constantes de asma, pois a ineficiência do sistema respiratório pode causar fadiga e indisposição para atividades simples.

Leia mais: Agende sua vacina contra a gripe

Fonte: Dr. Pedro Giavina Bianchi, coordenador do Departamento Científico de Asma da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e Ana Clara Toschi, médica pneumologista pediátrica da rede de hospitais São Camilo, em São Paulo (SP).

Sobre o autor

Redação
Todos os textos assinados pela nossa equipe editorial, nutricional e educadores físicos.

Leia também:

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Pessoas com histórico de infarto têm mais risco de desenvolver outros problemas de saúde a longo prazo, como insuficiências cardíaca e renal, arritmias e até depressão,

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Problemas como insuficiências cardíaca e até depressão são mais frequentes em quem sofreu um ataque cardíaco

Bem-estar Equilíbrio Saúde

“É impossível ser feliz sozinho”: cultivar relacionamentos está entre os segredos para viver mais

Indo na direção contrária da longevidade, um estudo revelou que quase ¼ das pessoas em todo o mundo se sentem sozinhas