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Perda de olfato e paladar pela Covid-19 dura quantos dias?
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Desde o começo da pandemia, os especialistas sabem que a perda de olfato e paladar é um sintoma da Covid-19. Mas o problema é que esse incômodo pode durar mais do que a própria doença. Isso quando a pessoa não desenvolve percepções distorcidas depois da cura da infecção — são inúmeros os relatos de quem sente um odor podre nas carnes, ou sabores nunca antes experimentados em alimentos cotidianos.
Agora, parece que há uma luz no fim do túnel: cientistas descobriram quanto tempo leva, em média, para os dois sentidos voltarem ao normal.
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O que o estudo descobriu
Publicada na última semana no Jama Network Open, a pesquisa acompanhou 97 pacientes com Covid-19 que relataram perda de olfato e paladar durante um ano. Desse modo, a cada quatro meses, todos eles responderam a um questionário sobre como andavam suas funções olfativa e gustativa — e se sentiam que elas estavam se recuperando.
Além disso, das 97 pessoas, 51 realizaram testes recorrentes para analisar suas capacidades de sentir odores e sabores. E boa notícia: “aos oito meses, a avaliação olfativa objetiva confirmou a recuperação total de 49 dos 51 pacientes (96,1%)”, disse a otorrinolaringologista Marion Renaud, dos Hospitais Universitários de Estrasburgo, na França.
Dos dois indivíduos que não voltaram ao normal, um era capaz de identificar odores de forma distorcida, enquanto o outro não sentia nada.
Como resultado adicional, o estudo percebeu que muitos dos pacientes que haviam se recuperado completamente da condição acreditavam que não estavam melhores — dos 49, apenas 23 afirmaram sentir odores e sabores como antes.
Perda de olfato e paladar: Como saber se é Covid-19?
A perda de olfato e paladar pode ocorrer em 40% a 68% dos casos de Covid-19, e costuma acometer mais as mulheres. Contudo, ela não é comum só em infecções por coronavírus. Confira outras causas:
- Gripes e resfriados;
- Traumas, como bater a cabeça ou o nariz;
- Doenças neurológicas: Parkinson, Demência e Alzheimer;
- Doenças nasais: sinusites e rinites crônicas.
Mas como descobrir se o sintoma é de Covid-19 ou de outra condição? Uma pesquisa de agosto do ano passado levantou a questão. E descobriu que, quando se trata do novo vírus, a capacidade de detectar sabores doces e amargos fica particularmente prejudicada. Em uma gripe comum, por outro lado, identificar qualquer sabor fica mais difícil.
Além disso, há vários tipos de perda de olfato, tanto em casos de coronavírus, quanto em outras doenças:
- Anosmia: Ausência completa do olfato;
- Hiposmia: Olfato reduzido;
- Parosmia: Olfato distorcido;
- Fantosmia: Quando você sente cheiros que não existem.
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Perda de olfato e paladar: O que fazer?
A otorrinolaringologista Maura Neves, membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), diz que o que ajuda a combater essa sequela são exercícios específicos, que funcionam como uma espécie de “fisioterapia de cheiros”.
Ela explica que o treinamento consiste em estimular o nervo olfatório e as conexões cerebrais com aromas específicos e, assim, ajudar na recuperação. “São utilizados quatro óleos essenciais: rosa, eucalipto, limão e cravo. Cada essência deve ser inalada por 10 segundos, com intervalos de 15 segundos entre cada uma. Assim, o treinamento deve ser feito duas vezes por dia durante 24 meses.”
Ou, então, você pode lançar mão de itens que tem em casa:
Ademais, há outros tratamentos possíveis para a perda de olfato, como os medicamentos. Mas eles devem ser prescritos caso a caso e dependem da avaliação de um médico otorrinolaringologista.
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