Aprenda a identificar os sinais de perda auditiva em crianças

Será que o desenvolvimento do meu filho está adequado para a idade? A pergunta costuma ser muito comum entre os pais de crianças de até 5 anos. Para entender como está o lado cognitivo do pequeno, é importante prestar atenção no modo como ele fala. Contudo, muitas vezes a dificuldade na linguagem pode mascarar um outro problema: a perda auditiva em crianças.

Importância da audição

Um dos fatores que vai impactar de forma determinante a apreensão de mundo na fase infantil é a audição. Isso porque ela é a principal responsável pela fala — e uma das grandes preocupações dos pais. Da mesma forma, a audição é responsável por todo o processo de aprendizagem da criança.

Mesmo com o do teste da orelhinha, obrigatório em todas as maternidades do país, é importante prestar atenção em algumas características em casa, no dia a dia. Mas felizmente, não é difícil perceber se o seu filho ouve bem.

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Perda auditiva em crianças de até um ano de vida

Nessa fase, o principal é perceber se a criança reage de alguma forma a qualquer estímulo sonoro. Desse modo, até completar os primeiros 3 meses de vida, o recém-nascido deve se surpreender com sons altos, prestar atenção na voz de familiares e abrir sorrisos ao escutar a mãe ou o pai chegando.

Por outro lado, entre 4 e 6 meses, o bebê começa a fazer barulhos com a boca e a dar gritos diferentes para cada situação. Além disso, ele começa a procurar os sons com o olhar e passa a interagir com brinquedos sonoros.

Por fim, a partir do 7º mês (e até o 1º ano), o pequeno emite algumas sílabas. “Geralmente, começa com ‘pa, ba, ma’ e pode variar de acordo com o humor. Nessa fase, ele já responde quando chamado pelo nome. Além disso, passa a entender frases simples, como: ‘não’, ‘vem aqui’, ‘quer mais’. Na vontade de se comunicar, o bebê usa gestos e sons para chamar atenção” explica a fonoaudióloga Andréa Soares, da FONOTOM.

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Segundo ano de vida

A partir daí, a linguagem começa a se estruturar de forma mais clara para a criança. Assim, ela deve ser capaz de apontar partes do corpo quando você pergunta e realizar instruções simples como: “role a bola”, “manda beijo” ou “cadê o papai”. Aos poucos, seu vocabulário cresce e ela passa a conhecer nomes de objetos e animais.

Como parte da curiosidade natural da idade, é nessa fase que surge a pergunta “o que é isso?”, e ela consegue juntar duas palavras como, “quero água”. “Vale lembrar que o estímulo dos pais é muito importante para que a criança se comunique mais e melhor”, reforça Andréa Soares.

Perda auditiva entre 2 e 3 anos

Com a aquisição da linguagem, a criança entende instruções simples em duas partes: “pegue a colher e coloque-a sobre a mesa”, por exemplo. Ela também sabe o significado de novas palavras e busca repeti-las.

A partir dos 3 anos

Com a linguagem mais estruturada e com uma melhor apreensão do mundo que o cerca, o pequeno já conhece muitas palavras e conceitos. Portanto, ele pode aprender cores, formas e nomes de familiares. Usa pronomes como eu, vocês, eles e sabe o plural das coisas.

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Até os 5 anos

O poder de abstração fica maior e a criança elabora frases um pouco mais complexas. Aos poucos, passa a entender variáveis de tempo, como ontem, hoje ou amanhã. Ademais, compreende frases longas com mais de uma tarefa e passa a entender instruções de tarefas simples da escola, como “desenhe um círculo” ou “pinte o gatinho”.

Perda auditiva a partir dos 5 anos

Com a aquisição da fala praticamente completa, a criança já deve conseguir falar palavras com todos os sons. Contudo, nessa fase, é natural que ela cometa pequenos erros (em pronúncias mais difíceis e desconhecidas). Com a fala mais elaborada, os pequenos adquirem a capacidade de contar histórias e manter conversas. Uma boa dica é estimular a fala. Converse com ela, mostre objetos na rua, monte frases e incentive que ela forme frases para conseguir o que quer.

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Poréns

Se o seu filho não se encaixa no que foi dito acima, não precisa se preocupar! É preciso lembrar que cada um tem o seu próprio ritmo. Por isso, é sempre válida uma consulta com um profissional especializado. Na dúvida, leve a criança ao médico otorrino e ao profissional de fonoaudiologia. “A avaliação audiológica é um exame simples capaz de detectar qualquer nível de perda auditiva em crianças e de indicar os melhores tratamentos para cada caso”, finaliza a fonoaudióloga.

Fonte: Andréa Soares, fonoaudióloga da FONOTOM.