Passear com cachorro reduz risco de problemas físicos e cognitivos

Equilíbrio
23 de Março, 2022
Passear com cachorro reduz risco de problemas físicos e cognitivos

Muito além de serem fofos e divertidos, o convívio com animais de estimação traz diversos benefícios. Inclusive, passear com cachorro reduz o risco de problemas físicos e cognitivos. É o que diz um estudo publicado no periódico Plos One. 

“O passeio com cães é uma atividade física de intensidade moderada que parece ter um efeito protetor na redução do risco do aparecimento de problemas físicos e mentais”, explicou Yu Taniguchi, um dos autores do estudo, ao site NewScientist.

Leia também: Benefícios de ter animais de estimação para as crianças

Como o estudo sobre passear com cachorro funcionou

Para chegar a conclusão de que passear com cachorro realmente traz benefícios, os pesquisadores coletaram dados de cerca de 11 mil adultos no Japão, com idades entre 65 e 84 anos. 

Dessa forma, durante quatro anos, os cientistas avaliaram a qualidade de vida dos participantes, levando em conta se eles apresentaram declínios cognitivos e/ou físicos.

A maioria dos participantes tinham cachorro ou gato, mas os especialistas também selecionaram pessoas que nunca tiveram pet, para ter comparação.

Assim, os resultados mostraram que 17% dos participantes desenvolveram problemas físicos e cognitivos, e 5,2% morreram. No entanto, é importante ressaltar que a morte não tem relação com o fato de ter ou não um cachorro.

Ainda de acordo com o estudo, donos de cachorros que os levam para passear são quatro vezes mais propensos a ter os benefícios das atividades físicas, comparado com pessoas sem pets.

Benefícios de ter animais de estimação

Muitas pesquisas associam a posse dos animais de estimação à uma saúde melhor. Um estudo populacional sueco descobriu em larga escala que os donos de cães têm menores riscos em contrair doenças cardíacas, por exemplo. Saiba quais são alguns desses benefícios:  

  • Pets diminuem a depressão:  Normalmente, quando as pessoas passam o dia todo com seus animais de estimação, elas passam a produzir mais hormônios como a ocitocina, prolactina e a serotonina, mais conhecidos por melhorarem o humor. Desse modo, essa convivência pode reduzir depressão, ansiedade e solidão.
  • Diminui o risco de alergia para crianças: Ao contrário do pensamento de muitos, segundo um estudo na Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, ter bicho de estimação pode reduzir esse risco em 33%. As crianças se apegam a eles, e com isso desenvolvem sistema imunológico mais forte.
  • Faz bem para o coração: Animais de estimação costumam passar muito amor para seus donos, e além disso também ajudam o coração a funcionar melhor. Segundo pesquisas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e do Instituto Nacional de Saúde (NIH), nos Estados Unidos, a convivência com os pets podem diminuir os riscos de colesterol, altos níveis triglicérides, e ajudam na pressão sanguínea. Consequentemente, ajudam a prevenir ataques cardíacos e outras doenças cardiovasculares. 
  • Cachorros podem detectar câncer: É isso mesmo! Cães podem auxiliar seus donos e médicos na descoberta do câncer em diversas regiões do corpo, como a pele, bexiga, pulmão, mama. Geralmente, os cachorros são treinados, e o diagnóstico é feito enquanto eles farejam o local específico.

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

Leia também:

Bem-estar Equilíbrio Saúde

“É impossível ser feliz sozinho”: cultivar relacionamentos está entre os segredos para viver mais

Indo na direção contrária da longevidade, um estudo revelou que quase ¼ das pessoas em todo o mundo se sentem sozinhas

misofonia
Bem-estar Equilíbrio

Misofonia: O que é a síndrome que viralizou no TikTok?

A misofonia é uma condição que provoca uma reação negativa aos sons. Saiba mais

Bem-estar Equilíbrio Saúde

Taxas de suicídio e de autolesão de crianças e jovens aumentam no Brasil

País registrou o aumento de 3,7% nas taxas de suicídio e de 21% nos casos de automutilação entre os anos de 2011 e 2022