Ômicron é menos agressiva para os pulmões, apontam estudos
Boa notícia sobre a Covid-19: de acordo com estudos publicados recentemente, a variante Ômicron é menos agressiva para os pulmões. Isso significa que a cepa tem menor possibilidades de causar danos ao órgão, geralmente prejudicado em pacientes que contraem o coronavírus.
A publicação de várias pesquisas sobre o tema foram estimuladas após um estudo da Universidade de Hong Kong mostrar menor infecção por Ômicron nos pulmões em amostras de sangue de pacientes vacinados. Eles descobriram que a variante é capaz de se sobrepor às vacinas, mas menos eficaz para entrar nas células pulmonares.
Vale lembrar que em novembro de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Ômicron como uma variante de preocupação, ou seja, que representa maior risco à saúde pública. Isso porque a nova cepa do coronavírus é muito mais transmissível do que as outras, chegando a ser três vezes mais do que a Delta. “A Ômicron está se propagando em um ritmo que não vimos com nenhuma variante anterior”, chegou a afirmar o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
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Pesquisas comprovam: Ômicron é menos agressiva
Logo após a publicação do estudo da Universidade de Hong Kong, o que não faltaram foram iniciativas semelhantes mundo afora. Os resultados corroboram o que já havia sido divulgado: a nova cepa não causa tantos danos aos pulmões das pessoas infectadas quanto a Delta ou outras variantes anteriores, pois se multiplica com mais facilidades nas células da garganta do que nas do pulmão.
Por isso, é considerada mais transmissível, o que explica sua rápida disseminação. Dessa forma, a nova variante causa menos problemas graves de saúde, já que vírus que se propagam no tecido do pulmão tendem a ser mais perigosos, apesar de serem menos transmissíveis.
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Pesquisadores da Universidade de Liverpool, por exemplo, mostraram que a Ômicron causa “doenças menos graves” em camundongos. O artigo mostrou que os ratos infectados com a variante perdem menos peso, têm cargas virais mais baixas e apresentam pneumonias menos graves. Além disso, os animais se recuperaram mais rapidamente.
Pesquisadores da Universidade de Leuven, na Bélgica, também encontraram resultados parecidos em hamsters sírios, incluindo uma carga viral mais baixa nos pulmões em comparação com outras variantes. Estudiosos americanos, por sua vez, descobrirem que os ratos com Ômicron perderam menos peso e tiveram uma carga viral mais baixa. Por fim, pesquisadores da Universidade de Glasgow chegaram a conclusões parecidas, mas alertaram que a ômicron vem ficando mais eficaz na contaminação de um corpo. Sendo assim, pessoas com a dose de reforço da vacina apresentaram uma resposta imunológica melhor do que as que tomaram apenas duas.
Ainda não é hora de baixar a guarda
Apesar dos estudos mostrarem que a variante Ômicron é menos agressiva, pesquisadores ressaltam que a baixa letalidade não altera os cuidados de sempre para evitar o coronavírus. Dessa forma, não é hora de baixar a guarda e abrir mão de medidas como o uso de máscaras, distanciamento social, lavar as mãos e fazer uso de álcool em gel 70%.
Além disso, embora os estudos sejam esperançosos, eles não indicam o fim dos cuidados tomados até aqui. Se uma pessoa é clinicamente vulnerável, as consequências não são tão leves. Além disso, já há registros de mortes pela nova variante.
Como saber se estou com a Ômicron?
Os sintomas da variante Ômicron são semelhantes aos das outras cepas do coronavírus. Por isso, são facilmente confundidos com os da gripe influenza e de resfriados. Dessa forma, pacientes diagnosticados com a nova variante relatam congestão nasal, fadiga, espirros, suor noturno, cansaço extremo, dores pelo corpo, dor de cabeça e garganta e não relataram perda de olfato ou paladar. A maioria tem quadros leves e são tratados em casa.
Além disso, pesquisadoras da Discovery Health, na África do Sul, sugerem dados que diferenciam a ômicron de uma gripe comum. Segundo eles, a nova variante do coronavírus apresenta, antes mesmo dos sintomas comuns de espirros e secreção nasal, uma inflamação na garganta, que deixa a pessoa rouca. No entanto, o sintoma não é acompanhado de dor, como ocorre nas infecções da variante delta ou até na gripe comum. Dores na região lombar também foram mencionadas pelos contagiados, sendo que os dois sintomas não foram identificados em outras variantes.
Dessa forma, ao notar o surgimento dos sintomas, deve-se fazer um teste de covid e adotar o isolamento. Se possível, é aconselhável comparar o resultado do teste rápido com um PCR, pois autoridades americanas já constaram que testes rápidos podem indicar falso negativo no caso da Ômicron. Por fim, a principal forma de prevenir a infecção pela variante Ômicron é se vacinando na periodicidade indicada por cada fabricante. A boa notícia é que algumas vacinas contra Covid-19, como a Pfizer e AstraZeneca, já confirmaram serem capazes de neutralizar as variantes de preocupação. Os médicos também pedem que a população tome a dose de reforço, considerada essencial para combater os efeitos da Ômicron, mesmo que sejam menos agressivos.
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