Ômicron: o que já se sabe sobre a nova variante da Covid-19

Saúde
29 de Novembro, 2021
Ômicron: o que já se sabe sobre a nova variante da Covid-19

Uma nova variante do coronavírus tem sido motivo de preocupação mundial. Batizada de Ômicron, a cepa B.1.1.529 foi recém-identificada no continente africano e é potencialmente mais contagiosa, além de ter um número alto de mutações.

Países como Botsuana, China, Israel, Bélgica, Inglaterra, Escócia, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal, Austrália, Dinamarca e Canadá, por exemplo, confirmaram que a nova variente já está circulando por lá. Porém, apesar de existir pouco mais de 100 casos confirmados no mundo, não há registro de morte ligado à nova cepa.

No Brasil, ainda não existem casos confirmados com a variante. Há, no entanto, um caso suspeito: um brasileiro que passou pela África do Sul testou positivo para a Covid-19 ao desembarcar em São Paulo. Contudo, ainda não é possível afirmar que se trata de uma contaminação pela nova variante, pois é necessário aguardar o resultado do sequenciamento genético. De qualquer forma, voos com origem de países do sul da África estão proibidos de desembarcar no país.

Ômicron entra na lista de “variante de preocupação”

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Ômicron pode se tornar responsável pela maior parte de novos registros de infecção pelo novo coronavírus. Por isso, a cepa foi classificada como uma “Variante de Preocupação”, figurando ao lado das outras variantes já existentes – delta, gamma, alpha e beta – que representam maior risco à saúde pública.

O motivo de preocupação em relação à variante é a quantidade de mutações que ela apresenta: 50, sendo mais de 30 na proteína “spike”, que é a principal proteína do SARS-CoV-2. Além disso, evidências preliminares sugerem que a ômicron pode facilitar a reinfecção. A OMS afirmou que ainda não há estudos suficientes para afirmar as propriedades da Ômicron. Porém, já existem esforços científicos acelerados para estudar as amostras. Um time de cientistas de universidades da África do Sul está decodificando o genoma da Ômicron, juntamente com dezenas de outras variantes do novo coronavírus.

Vacinas “turbinadas”

A eficácia das vacinas existentes ainda não foi testada em relação à variante Ômicron. Recentemente, a Pfizer anunciou que espera conseguir colocar no mercado uma nova versão do imunizante que seja eficaz contra a variante Ômicron em um prazo de até 100 dias. Até o momento, não se sabe se a ômicron apresenta resistência à vacinação – que é bastante baixa nos países do sul africano, onde foi identificada.

A OMS reforça que as vacinas continuam sendo fundamentais para a redução de doenças graves e mortes, inclusive contra a delta (a variante mais transmissível até agora). Além disso, medidas como distanciamento social, uso de máscaras, lavagem das mãos e ambientes ventilados continuam sendo essenciais para a disseminação do vírus.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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