Ômega-3 do salmão ajuda a combater depressão
A saúde mental é uma preocupação crescente. O diagnóstico de depressão entre adultos no mundo aumentou 33% em média desde 2013, de acordo com um relatório de maio de 2018 da Blue Cross Blue Shield. Mas, essa taxa está crescendo mais rapidamente entre os millennials (nascidos após o início da década de 1980 e até 1995). De fato, entre esse grupo, aumentou 47%.
Porém, a boa notícia é que hábitos diários, como sua dieta, podem fazer parte do tratamento e prevenção. E, um nutriente que chamou muita atenção é o ômega-3. Em setembro de 2019, a Sociedade Internacional de Pesquisa em Psiquiatria Nutricional divulgou diretrizes atualizadas em Psicoterapia e Psicossomática, recomendando a inclusão de ômega-3 como parte do plano de tratamento da depressão.
Assim, o salmão é uma das fontes mais ricas de alimentos, fornecendo 54% do seu valor diário de dois tipos de gorduras ômega-3 que estimulam o cérebro, EPA e DHA, por cada porção cozida.
Segundo o estudo, o nutriente pode ajudar a amenizar os sintomas da depressão. Por meio da atuação no sistema nervoso central e por estimular a produção de hormônios do bem-estar, como a serotonina e a dopamina, comumente baixos em pessoas deprimidas.
Com isso, a camada de gordura nas células que é feita pelo ômega-3 facilita a circulação de hormônios na corrente sanguínea.
O que é o ômega-3
Antes de entender seus benefícios, é importante compreender o que é o ômega-3 e como ele atua no organismo. Existem três tipos de ácidos graxos (gorduras): saturado, monoinsaturado e poli-insaturado. O ômega-3 é o último – assim como o ômega-6, composto por três cadeias: ácido alfa-linolênico (ALA), ácido eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosahexaenoico (DHA).
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Porém, o ALA é o único de origem vegetal, encontrado na chia, linhaça e nozes, sendo uma opção para vegetarianos e veganos. Porque o EPA e DHA são exclusivos de fonte animal – principalmente os peixes.
Portanto, o ômega 3 é importante para a saúde porque é um tipo de ácido graxo essencial. Ou seja, não é naturalmente produzido pelo organismo, e tem algumas funções importantes:
- Criação de uma camada lipídica (de gordura) ao redor das células. Essa camada ajuda a melhorar as funções celulares de forma geral.
- Formação da bainha de mielina, presente nos neurônios.
- Atua na camada da retina e, portanto, na manutenção da saúde da visão. A Universidade Tufts de Boston, nos Estados Unidos, ainda comprovou que uma dieta rica no nutriente, sobretudo com o consumo de porções de peixes semanalmente, pode reduzir a chance de degeneração macular.
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