Nova variante do coronavírus é descoberta na China

Saúde
04 de Abril, 2022
Nova variante do coronavírus é descoberta na China

Depois de mais de 2 anos de pandemia, uma nova variante do coronavírus foi descoberta na China. Derivada da Ômicron, que é sabidamente mais contagiosa do que as cepas anteriores, a nova variante foi descoberta depois que cientistas fizeram o sequenciamento genético de um caso com sintomas leves na cidade de Suzhou, a menos de 70 quilômetros de Xangai.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da cidade, a maioria dos casos de infecção pela nova variante é importada de outras províncias e cidades. Por isso, o órgão disse que a cidade de Suzhou realizou imediatamente investigações epidemiológicas e sequenciamento genético para cada caso.

Segundo as autoridades de saúde chinesas, a nova variante é diferente dos outros coronavírus responsáveis pela onda de covid na China. Além disso, não corresponde aos vírus submetidos ao GISAID, banco de dados usados pelos cientistas de todo o mundo para compartilhar os coronavírus por eles sequenciados como forma de monitorar mutações.

Leia mais: Deltacron: conheça, afinal, variante que combina ômicron e delta

Nova variante pode ser predominante na China

Os números diários de infecções pelo coronavírus na China seguem batendo recordes diários. Para tentar frear a nova onda, as autoridades locais retomaram o lockdown. No último domingo (3), o país detectou 13 mil novos casos de covid-19. O número é o maior desde o pico da primeira onda pandêmica há mais de dois anos.

O que mais chama a atenção no atual surto da doença é que a maioria dos casos é assintomática. No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que a Covid-19 já matou mais de 660 mil pessoas, com 30 milhões de contaminados desde o início da pandemia, em março de 2020.

Países europeus

As taxas de hospitalização e mortalidade voltaram a subir nos países europeus. A boa notícia é que o número de mortes é relativamente baixo em comparação com os dados do início do ano. Dados mais recentes da Grã-Bretanha, por exemplo, indicam que o aumento significativo de infecções que começou no final de fevereiro – quando o primeiro-ministro Boris Johnson suspendeu todas as restrições– continuou em março também.

Assim, calcula-se que uma em cada 13 pessoas esteja infectada pelo coronavírus na Grã-Bretanha. Além disso, a alta de casos, segundo noticiou a Associated Press, é alimentado pela BA.2, uma ramificação da variante Ômicron. Na Alemanha, os casos diários também vêm aumentando há várias semanas. Especialistas dizem que a última onda de infecções também se deve à subvariante da Ômicron BA.2 e que já parece ter atingido seu pico. No domingo, a agência de controle de doenças do país registrou 74.053 novos casos. Menos de uma semana atrás, a alta era de 11.224 novos casos por dia.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

Leia também:

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Pessoas com histórico de infarto têm mais risco de desenvolver outros problemas de saúde a longo prazo, como insuficiências cardíaca e renal, arritmias e até depressão,

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Problemas como insuficiências cardíaca e até depressão são mais frequentes em quem sofreu um ataque cardíaco

Bem-estar Equilíbrio Saúde

“É impossível ser feliz sozinho”: cultivar relacionamentos está entre os segredos para viver mais

Indo na direção contrária da longevidade, um estudo revelou que quase ¼ das pessoas em todo o mundo se sentem sozinhas