Nossa saúde mental não será a mesma com o fim da pandemia

Equilíbrio
05 de Abril, 2021
Nossa saúde mental não será a mesma com o fim da pandemia

A pandemia do coronavírus não tem uma data exata para acabar. Isso porque ainda existem muitas dúvidas sobre quais versões do vírus estamos enfrentando. Porém, mesmo quando a crise sanitária acabar, a nossa saúde mental não voltará ao normal tão cedo.

Após um ano do “novo normal”, os casos e mortes de COVID-19 continuam aparecendo. Assim, diversos fatores estão afetando a mente das pessoas. O medo de perder entes queridos, o emprego e as dúvidas sobre o que está por vir e o isolamento social são exemplos.

O que dizem as pesquisas

Desde o início da quarentena, vários pesquisadores estudaram os impactos da pandemia na saúde mental. Uma pesquisa feita pelo Centers for Disease Control (CDC), em 2020, descobriu que 26,3% das pessoas entrevistadas relataram sintomas de transtornos relacionados ao trauma ou estresse

Além disso, uma pesquisa coordenada pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também mostrou as consequências negativas da pandemia.

Os participantes responderam a um questionário online com perguntas abrangentes que envolviam itens como frequência de atividade física, alimentação e mudanças no quadro sócio-econômico. Os resultados mostraram que 40% dos entrevistados se sentem tristes ou deprimidos e 54% estiveram ansiosos ou nervosos frequentemente. Ademais, 13,3% dos participantes relataram iniciar ou aumentar o uso de substâncias para enfrentar o estresse.

Leia também: Coronafobia: Entenda os efeitos da pandemia na saúde mental

Impacto da pandemia na saúde mental: Longo prazo

Os especialistas afirmam que os transtornos mentais não desaparecem tão rápido. Apesar de a rotina voltar ao normal, a saúde mental necessita de cuidados.

Dessa maneira, muitas pessoas que antes tinham a mente “saudável” desenvolveram questões emocionais diferentes – especialmente as que perderam pessoas próximas. Desde estresse, irritabilidade e fobias até questões mais severas, como a ansiedade, depressão e pânico. 

A procura por psicoterapeutas e psiquiatras aumentou muito durante esse período. Por isso, nos próximos anos as sessões de psicoterapia serão fundamentais para lidar com distúrbios causados pela pandemia.

Atividades que ajudam a lidar com o estresse na quarentena

Meditação

meditação é uma ótima forma de relaxar e deixar os pensamentos estressantes de lado. Ela é um conjunto de técnicas de concentração com o objetivo de alcançar a plenitude mental e emocional. 

Dessa forma, organize algum momento do seu dia para meditar, nem que seja por 20 minutos. Além disso, você pode optar por aplicativos ou vídeos de meditação que irão auxiliar durante a pandemia.

Colorir livros

Os livros para colorir não são apenas para crianças, os adultos também podem aderir. Pois, colorir é uma atividade simples e repetitiva que o ajudará a se desconectar do ciclo interminável de notícias e consequentemente reduzir o estresse. Portanto, coloque sua música preferida de fundo e prepare-se para colorir usando sua criatividade.

Leitura

Em tempos como este, provavelmente o tempo que você não tinha para  ler seus livros, agora tem. A leitura é importante em vários aspectos. Então, busque ler os livros esquecidos na sua estante ou até mesmo ler online gratuitamente. 

Crochê

O crochê é uma atividade para todas as idades, não apenas para os idosos. Um passatempo simples e de fácil acesso. Ou seja, s você ainda não tem o material certo para praticar, peça online um kit para iniciantes. Há diversos vídeos e guias para ajudá-lo a progredir.

Quebra-cabeças

Montar quebra-cabeças é uma atividade que pode ser feita por toda família. Além disso, promove relaxamento, ajuda a ter mais agilidade e exercita o raciocínio. Após 30 minutos montando as peças, você irá perceber como ficará mais calmo.

Culinária

Cozinhar pode parecer uma tarefa árdua. No entanto, é uma maneira de experimentar e sentir uma pequena sensação de realização, enquanto faz algo divertido.

Por fim, na internet, existem várias receitas divertidas que podem ser feitas com poucos ingredientes. 

Leia também: Fazer tricô pode reduzir depressão, ansiedade e dor crônica

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

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