Nomofobia: O medo de ficar sem o celular

Equilíbrio
14 de Fevereiro, 2020
Nomofobia: O medo de ficar sem o celular

Você se sente extremamente agoniado ao ficar longe do celular ou quando acaba a bateria acaba? Se a resposta for sim, é possível que você tenha nomofobia, um medo excessivo de não ter o celular por perto, ou ser incapaz de usá-lo por algum motivo.

A nomofobia foi um termo cunhado pela primeira vez em um estudo feito em 2008. Em uma amostra com mais de 2.100 adultos, o estudo indicou que 53% dos participantes experimentaram essa condição. Essa fobia é caracterizada por sentimentos de ansiedade ao ficar sem o aparelho, bateria ou não ter internet.

O estudo revelou que esse medo pode ser tão forte que muitas pessoas nunca desligam seus telefones, mesmo à noite ou durante períodos que não usam seus dispositivo, como ao viajar de avião.

Os celulares se tornaram uma parte essencial na vida das pessoas. Eles não apenas servem como um meio de comunicação, mas também como ferramenta de trabalho. Porém, o uso excessivo de dispositivos digitais pode ser uma forma de vício comportamental.

Quais são os sintomas?

Uma fobia é um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado por um medo irracional de um objeto ou situação, então, talvez seja errado chamar isso de “fobia”. Porém, nesse caso, o medo é ficar sem o celular ou a internet ficar “fora do ar”. 

Embora a nomofobia não seja um diagnóstico clínico, alguns dos sintomas incluem: 

  • A incapacidade de desligar o telefone;
  • Verifica constantemente o aparelho em busca de chamadas perdidas, emails ou mensagens;
  • Ser incapaz de ir ao banheiro sem levar o telefone junto;
  • Carregar a bateria frequentemente;
  • Demonstrar irritação ao estar em locais sem conexão wi-fi;
  • Ignorar atividades ou eventos para ficar mais tempo no dispositivo.

Tratamento

Se você perceber que tem algum desses sintomas de nomofobia, e que o uso do seu celular está causando problemas na sua vida, buscar ajuda profissional é essencial. Embora não exista um tratamento específico, o terapeuta pode indicar alguns tipos de terapia ou até mesmo prescrever algum medicamento. 

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Dessa forma, de gastar tanto tempo no celular, há algumas coisas que você pode fazer para gerenciar melhor o uso do mesmo. 

  • Definir limites: Estabeleça regras para o uso do seu dispositivo pessoal. Ou seja, evite usar o celular em determinados horários do dia, como durante as refeições ou na hora de dormir.
  • Faça pausas curtas: Pode ser difícil quebrar o hábito de usar o dispositivo móvel, mas você pode começar com pequenos passos. Comece deixando o celular em outra sala durante as refeições ou quando estiver envolvido em outra atividade.
  • Encontre outras maneiras de ocupar seu tempo: Se achar que está usando o dispositivo móvel excessivamente por tédio, tente procurar outras atividades para distraí-lo. Como ler um livro, dar um passeio, praticar um esporte ou se envolver em um hobby que gosta.

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

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