5 hábitos simples para garantir mais movimento no dia a dia
De acordo com estatísticas da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o 5º país mais sedentário do mundo — se formos levar em conta apenas a América Latina, estamos em primeiro lugar com relação à falta de movimento no dia a dia.
O que é sedentarismo?
Há várias maneiras de medir o nível de sedentarismo. Por exemplo, a OMS recomenda que adultos saudáveis pratiquem pelo menos 300 minutos de atividades físicas moderadas por semana – ou, então, 150 minutos semanais de exercícios intensos.
Além disso, uma pessoa é considerada sedentária quando gasta menos de 2200 calorias em qualquer tipo de atividade ao longo de uma semana. Vale dizer que os movimentos que realizamos no dia a dia são considerados nesse contexto.
Ainda segundo a instituição de saúde, um em cada quatro adultos e quatro em cada cinco adolescentes não praticam esportes suficientes, se encaixando no perfil descrito.
Tipos de sedentarismo
O sedentarismo pode se manifestar em 4 diferentes níveis:
- No primeiro, estão as pessoas que fazem eventuais caminhadas durante a semana, mas não consideram a prática como algo que deve fazer parte da rotina;
- Já no segundo, estão aqueles que só se movimentam para separar o lixo, lavar a louça e, eventualmente, ir ao supermercado;
- O nível três é composto por quem evita qualquer tipo de esforço físico, por mais sutil que ele seja;
- Por fim, fazem parte do nível quatro aquelas pessoas que dificilmente se lembram quando foi a última vez que caminharam e, geralmente, passam o dia sentadas em frente ao computador — ou deitadas.
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Consequências da falta de movimento no dia a dia
Embora o sedentarismo seja frequentemente associado à obesidade, ao contrário do que muita gente imagina, ele pode provocar outros problemas ligados à saúde. Um deles é a elevação do colesterol ruim, além de:
Doenças cardiovasculares
A falta de atividade física pode causar aumento da pressão arterial, entupimento de veias ou artérias, infarto ou acidentes vasculares. Portanto, além da alimentação saudável, é importante cuidar do coração, movimentando o corpo.
Diabetes
O sedentarismo faz com que o organismo tenha dificuldade de encontrar o equilíbrio entre a produção ideal de insulina e seu consumo. Isso tende a gerar, desse modo, um quadro de diabetes e demandar o uso de medicamentos para controle da doença.
Falta de movimento no dia a dia: Ansiedade
Quando nos exercitamos, nosso corpo passa a produzir mais hormônios benéficos ao cérebro, como dopamina e endorfina. O sedentarismo, entretanto, faz o contrário: estimula a produção de cortisol, hormônio do estresse e da ansiedade.
Problemas nos ossos e nos músculos
O fortalecimento do tecido ósseo e muscular depende da prática regular de atividade física. Quem é sedentário prejudica a fixação de cálcio e proteínas nesses órgãos, o que pode gerar osteoporose, por exemplo, entre outras doenças relacionadas.
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Como garantir mais movimento no dia a dia
Não é recomendado correr uma maratona na primeira vez que você for se exercitar. O ideal é começar aos poucos. “O primeiro passo é encontrar algo que você goste. Desse modo, você tem mais chances de se manter ativo. Além disso, qualquer movimento conta e faz toda a diferença para sua saúde e seu bem-estar, como passear com o pet ou brincar com as crianças”, revela Matheus Motta, Coordenador de Nutrição da WW.
Além da dica dada pelo especialista, outros hábitos simples podem ajudar a manter o corpo em movimento no dia a dia:
- Use menos o carro: vá a pé até a padaria ou ao supermercado. Caso não seja possível, outra opção é estacionar a 2 ou 3 quarteirões de distância e caminhar até o local;
- Brinque: essa dica é excelente para quem tem criança em casa. Correr e pular, entre outras atividades, queimam calorias. Os pets também são ótimos companheiros de diversão e dá para evitar o sedentarismo brincando ou passeando com eles;
- Use escadas: apertar o botão do elevador é quase automático. Esse hábito pode ser substituído por subir alguns lances de escada, seja no trabalho ou em casa. Assim, a ideia é ir aumentando a frequência aos poucos;
- Pedale: A presença de ciclovias já é uma realidade em diversas cidades do Brasil. É um começo considerar se deslocar até o trabalho ou a universidade pedalando. Além de combater o sedentarismo, é uma atitude mais sustentável;
- Dance: Tirar alguns minutos do dia para afastar os móveis, aumentar o volume do som e dançar sem medo de ser feliz, além de colocar o corpo em movimento, vai estimular a produção de endorfina, hormônio da felicidade.
Fonte: Matheus Motta, nutricionista e Coordenador de Nutrição da WW.