Morte súbita em bebês: porque acontece e como evitar

Gravidez e maternidade Saúde
03 de Dezembro, 2021
Morte súbita em bebês: porque acontece e como evitar

Você já ouviu falar em morte súbita em bebês? Chamada pelos médicos de síndrome da morte súbita do lactente (SMSL), a ocorrência é definida como a morte inesperada de um bebê menor de um ano, cuja causa do óbito não é esclarecida mesmo após investigação completa. No Brasil não há dados concretos sobre sua incidência. Mas, sabe-se que nos países desenvolvidos é a principal causa de morte em menores de um ano.

Contudo, quanto às causas, há teorias que apontam, por exemplo, que se trata de uma alteração no mecanismo de despertar desses bebês. Por outro lado, outras falam em disfunções no diafragma ou no controle cardiorrespiratório. Até o momento, contudo, nada foi comprovado. Mas, o que se sabe por enquanto é que o quadro é mais comum entre os dois e quatro meses de vida e que recém-nascidos prematuros possuem quatro vezes mais chance de sofrer de SMSL.

Como evitar a morte súbita em bebês

Como as causas ainda não estão esclarecidas, é fundamental que pais e cuidadores minimizem os fatores de risco para a morte súbita em bebês. Assim, o quadro geralmente ocorre durante o sono, por isso boa parte dos cuidados são relacionados a esse momento. Veja, a seguir, as principais formas de diminuir o risco de SMSL.

1. Coloque o bebê para dormir na posição certa

Até um ano de idade, os bebês devem dormir de barriga para cima. Aqueles que dormem de barriga para baixo ou de lado apresentam mais que o dobro de chance de SMSL.

2. Evite compartilhar a cama para evitar morte súbita em bebês

A chamada cama compartilhada, quando o bebê dorme na mesma cama que os pais, pode ser perigosa. Autoridades médicas alertam que a prática pode aumentar o risco de SMSL, já que podemos cair no sono e não notar nossa movimentação sobre o bebê. Além disso, o alerta é válido sobre dividir a cama com os irmãos, ou qualquer outra pessoa.

3. Garanta uma superfície firme para o bebê dormir

Preferencialmente em berço com colchão de tamanho adequado, sem que haja espaços entre ele e as laterais do móvel. Além disso, o uso de peças como bebê conforto e cadeirinhas de descanso também exige atenção. Ou seja, evite deixar menores de quatro meses dormirem sem supervisão nesses locais. A explicação é a mesma do colchão, o risco é que, em uma superfície mole, o pequeno assuma posições que causem obstrução das vias aéreas.

4. Deixe o berço “clean”

Não coloque objetos no berço, nem ao menos almofadas ou travesseiros. Aprenda a máxima: berço “clean” é berço seguro! Quanto a cobertas e lençóis, essas peças devem ficar sempre abaixo da axila do bebê e presas embaixo do colchão, nunca soltas. Da mesma forma, protetores de berço também não são indicados.

Leia também: Slings e cangurus: Como utilizá-los com segurança

5. Nada de superaquecer o bebê

Para manter o bebê adequado à temperatura do dia, recorra à regra de vesti-lo com uma camada a mais de roupa que a sua. Os pequenos são sensíveis, é verdade, mas eles sentem o clima de maneira semelhante à nossa, não havendo necessidade de enchê-los de roupas o tempo todo.

6. Morte súbita em bebês: bebê e cigarro não combinam

O ambiente em que o pequeno fica deve ser livre de fumaça de cigarro. O tabagismo é altamente contraindicado durante a gestação e após o nascimento do bebê, e caso outras pessoas da casa fumem, o hábito deve permanecer fora da onde a criança fica.

Por fim, vale lembrar também que outras recomendações para o desenvolvimento saudável são igualmente importantes para diminuir as chances de morte súbita em bebês, como a amamentação (de preferência exclusiva até os seis meses). Além disso, manter a vacinação em dia.

Fonte: Tania Zamataro é pediatra (CRM 75913 SP | RQE 62436) e preside o Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

Leia também: Como amenizar a privação de sono após o parto

Sobre o autor

Redação
Todos os textos assinados pela nossa equipe editorial, nutricional e educadores físicos.

Leia também:

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Pessoas com histórico de infarto têm mais risco de desenvolver outros problemas de saúde a longo prazo, como insuficiências cardíaca e renal, arritmias e até depressão,

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Problemas como insuficiências cardíaca e até depressão são mais frequentes em quem sofreu um ataque cardíaco

Bem-estar Equilíbrio Saúde

“É impossível ser feliz sozinho”: cultivar relacionamentos está entre os segredos para viver mais

Indo na direção contrária da longevidade, um estudo revelou que quase ¼ das pessoas em todo o mundo se sentem sozinhas