Meu filho caiu e bateu a cabeça. O que fazer?
Os acidentes domésticos estão entre os principais motivos que levam os pais de filhos pequenos a procurar emergência médica, especialmente casos de quedas. “Mas se o meu filho caiu e bateu a cabeça, eu realmente preciso ir imediatamente atrás de ajuda, não devo?” – você deve estar se perguntando. Calma, talvez o episódio não seja motivo de tanta preocupação assim. Mas, como todo cuidado é pouco – especialmente com crianças –, veja a seguir o que você deve fazer nesses casos.
O que fazer se o meu filho caiu e bateu a cabeça?
É importante pontuar que existem diferentes tipos de traumatismo. Os leves, que não provocam alterações neurológicas, os moderados e os graves. Assim, nos dois últimos casos, é preciso avaliação médica. Mas como saber diferenciar um do outro? A orientação dos pediatras é observar se a criança apresenta outros sintomas depois da queda, como:
- vômitos;
- dor de cabeça;
- sonolência;
- perda de força ou dificuldade para andar;
- alterações visuais;
- confusão;
- desmaio ou perda de consciência;
- alterações na memória ou no comportamento;
- deformidades na cabeça ou afundamentos;
- qualquer alteração neurológica nova.
Assim, todos esses sinais e sintomas exigem avaliação. Portanto, ao notá-los, procure atendimento médico imediatamente. E quanto mais nova a criança for, mais atenção é preciso. Ou seja, pelo fato de os ossos serem mais frágeis e ainda apresentarem moleira (tecido flexível na cabeça), os menores de dois anos exigem mais cuidado.
Quais os riscos?
Os maiores problemas relacionados às quedas são o surgimento de lesão cerebral por desaceleração ou sangramentos intracranianos, que aumentam a pressão na região e interferem no fluxo sanguíneo cerebral. Por isso, dependendo do caso, o médico após avaliação pode solicitar exames de imagem e a criança poderá ficar hospitalizada para tratamento.
Previna!
Por fim, para você não precisar se preocupar com o famoso “meu filho caiu e bateu a cabeça”, aposte na prevenção. Assim, atente-se ao ambiente (desde a sua casa até parques e praças onde for passear), vista a criança com capacete ao fazer atividades como andar de patins ou bicicleta e não se esqueça dos equipamentos de segurança ao andar de carro (segundo o Contran, até um ano, deve-se usar o bebê-conforto; de um a quatro, cadeirinha; de quatro a sete e meio, assento de elevação; dos sete e meio aos dez, cinto de segurança no banco traseiro; a partir dos dez, a criança pode ser transportada no banco da frente, mas sempre com cinto).
Fonte: André Pacca Luna Mattar (CRM 115985 SP), membro do Departamento Científico de Emergências da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).