Qual a diferença entre marcapasso, stent e ponte de safena?

Saúde
11 de Janeiro, 2022
Qual a diferença entre marcapasso, stent e ponte de safena?

Pacientes com diagnóstico de doença arterial coronariana (DAC) são indicados para fazer os seguintes procedimentos: marcapasso, stent e ponte de safena. A doença é causada pelo acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos conectados ao coração.

Com a circulação afetada, o órgão não recebe oxigênio necessário. Assim, suas funções são comprometidas, causando complicações sérias. Geralmente, quem tem artérias obstruídas tem sintomas como falta de ar, aperto e dor no peito. Em alguns pacientes, a intervenção cirúrgica, além do apoio do marcapasso, stent e ponte de safena, ajudam a prevenir determinados problemas,  como o infarto do miocárdio, denominado popularmente de ataque cardíaco.  

Para descobrir o grau de comprometimento das artérias e do coração, o médico pode solicitar exames de cateterismo. Depois de verificar os resultados, o cardiologista mostrará qual é a alternativa mais indicada para o paciente. 

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Diferenças entre marcapasso, stent e ponte de safena

O objetivo dos três procedimentos é fazer com que a circulação de sangue nos vasos sanguíneos do coração ocorra sem problemas. 

No entanto, grande parte das pessoas ainda têm dúvidas sobre as diferenças entre marcapasso, stent e ponte de safena. A partir de agora, explicaremos as características de cada um. 

Marcapasso 

Nicolle Queiroz, cardiologista e professora do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro, explica de forma detalhada o que é o marcapasso. 

“É um dispositivo eletrônico implantável próximo ao músculo peitoral, onde ficará a bateria e emitirá cabos até a cavidade do coração. Assim, assume a função de transmitir os impulsos elétricos ao coração, caso haja falha. É, normalmente, implantado quando o coração fica com as batidas identificadas. Quando bem indicado, o risco é pequeno de complicação, principalmente associado à anestesia.” explica. 

É possível encontrar o dispositivo em três versões. A primeira delas é a definitiva. Ela fica acoplada a longo prazo e o paciente necessita de monitoramento frequente. Já a versão transcutânea é conhecida como aquela que traz mais desconforto para o paciente. Por outro lado, é indicada para as cirurgias de urgência e para aquelas pessoas que necessitam de um equipamento temporário. O transvenoso (MPTV), por sua vez, é outro dispositivo provisório, também indicado para situações de emergência. 

O marcapasso é recomendado para pessoas com batimentos cardíacos abaixo de 40 por minutos, com intervalos longos entre um batimento e outro, além de pacientes que sofrem com outras condições cardiovasculares. Pode ser ainda uma alternativa para problemas oriundos de infarto (bradicardia, bloqueio atrioventricular total sintomático, etc.), ou não, como ocorre na doença do nó sinusal sintomática. 

Stent (angioplastia coronária)

O stent é um micro dispositivo que é inserido dentro da coronária através de um cateter hemodinâmico, com intuito desobstruir o vaso. De acordo com Nicolle Queiroz, embora haja um risco baixo de complicações, há uma chances de ocorrer um acidente vascular cerebral durante sua colocação.

De forma prática, o stent é inserido da seguinte forma: uma pequena mola é acoplada dentro do vaso sanguíneo para impedir que as placas de gordura bloqueiem a passagem do sangue ao coração. Assim como o marcapasso, existem três versões desse dispositivo. O bbioabsorvível, por exemplo, que desaparece após seis meses, mas permanece com a largura das artérias. O farmacológico, que é revestido com medicamentos que ajudam na prevenção de uma obstrução da artéria e, por fim, o convencional. Essa terceira opção não contém revestimento com ativos, tampouco desaparece após um período. Mesmo assim, é indicado para impedir a obstrução. 

O Stent é indicado para pessoas que têm chance de sofrer aneurismas (dilatação exacerbada de artérias e hemorragias) ou outros problemas que surgem pela ausência de circulação e oxigenação no coração, tais como o infarto do miocárdio. 

Ponte de safena 

A cardiologista destaca ainda que a ponte de safena é um enxerto venoso, inserido por meio de cirurgia cardíaca para levar suprimento sanguíneo ao coração, caso haja alguma obstrução de fluxo coronariano. 

De acordo com a profissional da saúde, a cirurgia é de grande porte e envolve intubação orotraqueal e, muitas vezes, circulação extra corpórea. Isso porque o coração é paralisado durante a cirugia. Assim, o fluxo sanguíneo do corpo é desviado para uma máquina que o oxigena e devolve para a pessoa que está sendo operada, tudo isso sem passar pelo coração paralisado. 

A ponte de safena é utilizada como uma última alternativa, ou seja, quando os procedimentos anteriores não são suficientes para o paciente.

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Como são feitos os procedimentos marcapasso, stent e ponte de safena? 

O marcapasso, stent e ponte de safena são procedimentos invasivos. Por isso, é necessário que eles sejam executados com o auxílio de anestesia geral e cirurgia. Saiba como eles são feitos:

  • Marcapasso: O tórax do paciente é aberto para o médico colocar eletrodos tanto no átrio quanto no ventrículo. Tratamm-se de sinais elétricos que potencializam os batimentos cardíacos. No marcapasso, o gerador é colocado na clavícula do ombro. O papel desse dispositivo é garantir a emissão de sinais em caso de intervalos longos entre um batimento e outro, ou em pacientes que a frequência cardíaca não atua no nível esperado. 
  • Stent: Para que as molinhas de aço inoxidável sejam adicionadas nos vasos mais prejudicados pelas placas de gordura, o tórax do paciente também é aberto para a colocação do Stent. Nesse processo, é utilizado o catéter balão. Ele auxilia na aplicação, infla e ajuda a expandir a veia. 
  • Ponte de safena: Os tecidos da perna e do tórax são abertos para ajudar na remoção de uma parte da veia safena (situada na perna) e conectá-la ao coração. Esse procedimento permite que o coração ganhe uma veia extra com o intuito de potencializar a oxiginação e melhorar sua circulação. O pequeno pedaço retirado da perna, posteriormente, será regenerado. 

Fonte: Dra. Nicolle Queiroz, cardiologista e professora do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro, a Unisa.

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