Lipedema e linfedema: qual é a diferença?
Geralmente confundidas, o lipedema e o linfedema são doenças distintas. O primeiro se caracteriza pelo acúmulo de gordura nos braços, coxas e pernas. Além da gordura, é comum causar equimose (roxinhos) nas áreas em que atinge, sensibilidade e dor ao toque, sensação de peso e cansaço nas pernas, fadiga e pode até comprometer a mobilidade. Entenda melhor as doenças.
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Lipedema e linfedema: Entenda as diferenças
Lipedema: pode ter origem primária, ou seja, quando a pessoa já nasce com uma má formação congênita e que compromete os vasos linfáticos. O linfedema secundário pode ter várias causas, como cirurgias oncológicas, e processos inflamatórios e infecciosos que estimulam a produção de linfa.
Linfedema: O linfedema está relacionado ao sistema linfático. Dessa forma, se caracteriza pelo acúmulo de líquido linfático no tecido adiposo, causando inchaço, na maioria das vezes em braços e pernas.
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Diagnóstico das doenças
O diagnóstico de lipedema é clínico, e depende de uma boa anamnese (conversa com o paciente) e exame físico. Exames complementares como ultrassom e ressonância magnética podem complementar o exame físico, auxiliando o diagnóstico e tratamento.
O mesmo ocorre com o diagnóstico do linfedema. Assim, ele é feito, basicamente, por meio dos sintomas apresentados pelo paciente, que se resumem a inchaço em um dos membros, dor, formigamento ou desconforto, além de sensação de peso no membro inchado. Em algumas situações, o médico pode solicitar exames de imagem para determinar o local afetado.
Como ocorre o tratamento?
De acordo com o cirurgião plástico Dr. Fernando Amato, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o tratamento cirúrgico do lipedema deve ser a última opção, mas, muitas vezes, acaba sendo o primeiro recurso procurado. “Somente depois de tentar o tratamento clínico e, de preferência apresentando alguma melhora, mesmo que parcial, deve ser indicada a lipoaspiração para o tratamento do lipedema”, comenta.
O especialista alerta ainda para a questão da segurança: “É preciso respeitar os limites de gordura a serem retirados durante a cirurgia, que devem ser entre 5% e 7% do peso corporal do paciente”, detalha o especialista. Para os casos de lipedema, Dr. Fernando trabalha com uma equipe formada por médico vascular e endocrinologista.
Por outro lado, o linfedema não tem cura, massim tratamento. Assim, a drenagem linfática manual, diferente da aplicada em centros de estética, e realizada pelo especialista em medicina vascular ou fisioterapeuta é uma das terapias indicadas. Cuidados locais da pele e terapias de compressão fazem parte da linha de tratamento.
Fonte: Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).