Lesões no tornozelo estão entre as mais comuns das Olimpíadas de Tóquio. Entenda

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30 de Julho, 2021
Lesões no tornozelo estão entre as mais comuns das Olimpíadas de Tóquio. Entenda

As lesões no tornozelo são as mais comuns em diversas modalidades esportivas. Nos Jogos Olímpicos que estão acontecendo em Tóquio, por exemplo, problemas nessa articulação já acometeram alguns atletas brasileiros. Hoje (30/07), a jogadora da Seleção Feminina de Vôlei do Brasil, Macris, começou um tratamento para uma entorse que sofreu durante o jogo contra o Japão.

Mas não foi somente ela que passou por poucas e boas com a região do pé. A skatista Pamela Rosa, campeã mundial em 2019 e que ficou em 10º lugar nas eliminatórias do skate street feminino, postou recentemente em suas redes sociais a imagem do seu tornozelo completamente inchado e revelou que estava competindo administrando uma lesão no local.

Já a ginasta Flávia Saraiva, ao fazer uma acrobacia, também machucou o local, que já vinha incomodando a atleta há algumas semanas. A jovem relatou ter sofrido uma lesão há dois meses.

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Por que as lesões no tornozelo são tão comuns?

“A articulação do tornozelo sustenta praticamente todo o peso do corpo, faz a interface entre a perna e o solo e, na prática de esportes, frequentemente é acometida por torções”, explica o presidente da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé) José Antônio Veiga Sanhudo.

Quando uma entorse de tornozelo acontece, por exemplo, um ou mais ligamentos no lado interno ou externo (mais comumente) sofrem estiramento — ruptura parcial ou total. Desse modo, o tratamento inadequado pode deixar sequelas definitivas.

A gravidade das lesões no tornozelo varia de acordo com o grau de ruptura das estruturas ligamentares, e é classificada de I a III:

  • Grau I – Leve (distensão): estiramento leve dos ligamentos, com pouca dor e pouco inchaço;
  • Grau II – Moderado: ruptura parcial dos ligamentos e instabilidade da articulação, com presença de inchaço e dificuldade para movimentação. Dor de intensidade moderada;
  • Grau III – Grave: ruptura total dos ligamentos e muita instabilidade no tornozelo, com dor mais intensa e dificuldade para apoiar e caminhar.

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Dor é um sinal de alerta

O presidente da ABTPé lembra que, muitas vezes, a fase de um campeonato ou a importância de uma partida fazem com que o atleta ignore o seu limite para alcançar o objetivo ou ajudar a equipe. Mas as consequências dessa atitude podem ser muito graves.

“A dor de uma lesão sempre diminui o desempenho do atleta e, dessa forma, mesmo em campo ou em quadra, ele não vai render na sua plenitude. Além disso, lesões parciais ou leves podem se tornar completas ou graves se o devido repouso não é respeitado”, ressalta.

O especialista fala ainda que, algumas vezes, lesões que poderiam ser tratadas conservadoramente acabam necessitando de cirurgia devido ao agravamento provocado pela manutenção da atividade física.

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Fonte: José Antônio Veiga Sanhudo, presidente da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé).

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