Leite vegetal ou animal: como escolher o melhor tipo para você?

Alimentação Saúde
20 de Janeiro, 2022
Leite vegetal ou animal: como escolher o melhor tipo para você?

Hoje em dia, ser vegetariano ou preferir evitar laticínios é muito mais fácil e comum do que há alguns anos. Mas, em termos nutricionais e de saúde, como saber qual tipo de leite é o melhor: o leite vegetal ou o animal? Entre as opções, por exemplo, temos o leite de arroz, o leite de alpiste ou o leite integral. Saiba como escolher a melhor opção para você!

Leia mais: Leite de amêndoas: O que é, benefícios e como fazer

Leite vegetal ou animal: qual a diferença?

A principal diferença entre os dois tipos de alimentos é que o leite animal é derivado de um mamífero, enquanto os leites vegetais são extratos solúveis em água de leguminosas, oleaginosas ou cereais. Dentre as opções, por exemplo, existem leites de amêndoas, castanhas, aveia, arroz, soja, entre outros. “As composições são totalmente diferentes no que diz respeito aos macronutrientes (carboidrato, proteína e gordura), micronutrientes (vitaminas e minerais) e propriedades funcionais”, explica a nutricionista Karine Perin, da Sitha Clínica de Metabologia. 

De acordo com a nutricionista, o valor energético e a quantidade de carboidratos de cada leite variam bastante. Alguns leites vegetais, por exemplo, podem ter, em sua lista de ingredientes, açúcares e aromatizantes, já que eles tornam os alimentos mais palatáveis para os consumidores (ou seja, mais “saborosos”). Porém, isso pode elevar as calorias e o índice glicêmico consumidos. “A quantidade de proteínas das bebidas vegetais são mais baixas em relação ao leite. Além disso, sua qualidade de absorção também é menor, pois as bebidas vegetais não possuem um perfil de aminoácidos completo”, diz. 

Qual tem menos gordura? E cálcio?

Quando o assunto são as gorduras, a bebida vegetal possui maior quantidade de gorduras mono e polinsaturadas (consideradas gorduras boas) em relação ao leite animal. Esse, por sua vez, tem uma concentração maior de gorduras saturadas. “Em relação aos micronutrientes, o que mais diferencia o leite é a quantidade de cálcio presente, pois os leites vegetais possuem baixa concentração de cálcio, mas geralmente são enriquecidos. Essa adição acaba sendo muito importante, já que o cálcio participa do desenvolvimento e fortalecimento dos ossos e músculos ao longo da vida e, na terceira idade, previne a osteoporose”, explica Karine. 

Leia mais: Sinais de que você está com pouco cálcio no organismo

Como escolher o melhor leite? 

Observando as diferenças sobre leite vegetal ou animal citadas acima, é perceptível que as opções vegetais acabam tendo uma desvantagem nutricional em relação aos leites animais, principalmente quando se fala na quantidade de cálcio. É por isso que a recomendação nutricional é fazer a substituição de um para o outro somente quando o indivíduo possuir alguma intolerância ou alergia alimentar, principalmente no caso de crianças e idosos.  

Leia mais: A diferença entre intolerância e alergia alimentar

Importante notar que, assim como a alergia ao leite animal, a pessoa também pode apresentar algum tipo de alergia ao leite vegetal. Isso porque, de acordo com Karine, é possível desenvolver qualquer tipo de alergia alimentar em qualquer fase da vida, assim como muitos descobrem uma intolerância a lactose depois de adultos, por exemplo. 

“Os alimentos que causam mais intolerâncias são: lactose, glúten, ovo, amendoim, oleaginosas, milho e peixes. Para identificar essas intolerâncias, precisamos observar, principalmente, os sintomas. Além disso, também podem ser realizados exames de sangue para detectar e testes genéticos de intolerância alimentar”, explica.

O acompanhamento médico ou de um nutricionista é essencial nesses casos. Para ficar alerta, vale ficar atento aos sintomas comuns de alergias alimentares, principalmente a lactose. Dessa forma, são eles: distensão abdominal, gases, diarreia, dores abdominais e enjoos, indo até alergias de pele, como coceiras e pontos vermelhos. 

Leia mais: Alergia ao ovo: Conheça os sintomas e como identificar

Fonte: Karine Perin, nutricionista da Sitha Clínica de Metabologia.

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