Laxante emagrece? Especialista faz alerta sobre os possíveis riscos

Alimentação
31 de Março, 2022
Laxante emagrece? Especialista faz alerta sobre os possíveis riscos

Entre as muitas estratégias duvidosas para perder peso, o uso de remédios e substâncias que soltam o intestino talvez seja uma das mais antigas. Mas será que tomar laxante realmente emagrece? Veja o que uma especialista diz:

Afinal, laxante emagrece?

A resposta é simples: não, o laxante não emagrece. Ele não é capaz de fazer o corpo eliminar a gordura acumulada. Contudo, a nutróloga Fernanda Cortez explica que a falsa sensação de perda de peso acontece devido à redução do inchaço e à perda de líquidos provocados pelo funcionamento mais rápido do intestino. “Após se hidratar e comer, o peso volta ao que era antes”, diz.

Além disso, o medicamento deve ser usado apenas quando necessário, e nunca com o intuito de emagrecimento. “São vários os riscos que ele pode trazer quando utilizado em excesso ou para uma finalidade errada”, afirma a especialista. São eles: desidratação, diarreia, cólicas intensas, hemorroidas e assaduras e até má absorção de nutrientes.

E uma consequência mais grave do uso indiscriminado de laxantes é o efeito rebote (ou a dependência). Nesse caso, o organismo acaba se acostumando a receber a substância e o intestino fica ainda mais preguiçoso, passando a funcionar apenas se o paciente toma o remédio.

Aí, outros incômodos surgem, como disbiose (isto é, mais bactérias ruins do que boas no órgão), doenças autoimunes, problemas renais e cardíacos, irritação da mucosa intestinal e o ganho de peso.

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Perigos do laxante

Na verdade, até quem sofre com a prisão de ventre deve lançar mão do laxante com moderação e apenas de acordo com a orientação do médico. Isso porque ele trata o sintoma, mas não a sua causa. “Ele pode mascarar, por exemplo, uma síndrome do intestino irritável, alterações no cólon ou intolerâncias alimentares que resultam em constipação”, complementa a nutróloga.

Por isso, o ideal é sempre consultar um médico especialista caso o problema apareça. Assim como realizar todos os exames necessários para descobrir o que está acontecendo. “Fazer uma reeducação alimentar e incluir probióticos e prebióticos também é importante.”

Fonte: Fernanda Cortez, nutróloga e Ortomolecular, formada em Ciências Médicas pela Faculdade Santa Marcelina, com Internship em Endocrinologia e Diabetes pelo Joslin Diabetes Center, da Harvard Medical School, pós-graduada em Nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia), pós-graduada em Nutriendocrinologia Funcional e pós-graduada em Tricologia (medicina do cabelo) pela BWS.

Sobre o autor

Amanda Panteri
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em alimentação saudável.

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