Iogurte búlgaro: Conheça os benefícios da novidade no Brasil

Alimentação
09 de Junho, 2021
Iogurte búlgaro: Conheça os benefícios da novidade no Brasil

Se você nunca ouviu falar no iogurte búlgaro, vale procurar conhecer mais sobre o alimento. Isso porque ele parece ser o “novo iogurte grego”: carrega tantos benefícios para o corpo que não vai demorar para fazer parte do cardápio de muitos brasileiros que buscam manter uma alimentação saudável.

Quer saber mais sobre ele? Veja a seguir:

História do iogurte búlgaro

Apesar de não tão conhecido quanto seus “parentes” grego e islandês (skyr), o búlgaro pode ser considerado o “pai” dos iogurtes. Registros afirmam que o alimento é consumido por lá há mais de quatro mil anos — não é à toa, então, que ele já faz parte da cultura do país e protagoniza pratos doces e salgados, como o tarator (sopa de iogurte gelada com pepino e especiarias).

Os mais velhos contam que ele foi descoberto acidentalmente por tribos nômades que habitavam a região. Eles tinham o costume de armazenar leite em recipientes feitos com pele de animais, criando assim um ambiente propício para as bactérias.

Além disso, foi um cientista búlgaro quem descobriu o processo de fabricação do iogurte em 1905. Stamen Grigorov, aos 27 anos, conseguiu identificar o micro-organismo Lactobacillus bulgaricus, a bactéria principal que fermenta o leite e gera o produto conhecido por ser saudável.

Com o tempo, o iogurte búlgaro ficou tão famoso que foi patenteado pelo Estado. Hoje, somente uma empresa (a LB Bulgaricum) possui a licença para a sua fabricação, e a vende para países como o Japão e a Coreia do Sul, lugares onde o alimento já é extremamente famoso.

Leia também: Iogurte grego: Conheça os benefícios

Benefícios nutricionais do iogurte búlgaro

O produto carrega muitos benefícios nutricionais. Confira alguns:

1 – Melhora a saúde intestinal

A sua principal vantagem é o alto teor de probióticos na composição — bactérias que auxiliam a digestão e contribuem para o equilíbrio da microbiota intestinal.

Na verdade, uma cepa especial da L. bulgaricus, que pode ser encontrada em iogurtes búlgaros, impede a proliferação exagerada dos micro-organismos nocivos para o organismo, segundo uma pesquisa feita pela Universidade de Harvard.

Mas não para por aí. Um estudo publicado na Biotechnology & Biotechnological Equipment concluiu que o iogurte búlgaro também possui prebióticos. Ou seja, ele é rico em substâncias que servem de alimento para os bichinhos bons do intestino.

2 – Alivia a prisão de ventre (e melhora o humor)

Assim como a maioria dos iogurtes, a versão búlgara ajuda a manter a digestão saudável e regular. Um artigo de março deste ano, inclusive, fala que a sua ingestão evita a constipação.

Aliás, os cientistas descobriram mais uma vantagem do alimento: ele pode melhorar o humor. Isso porque, segundo a teoria, nosso intestino está intimamente ligado ao cérebro.

Leia também: Constipação e alimentação: 4 mitos desvendados

3 – É baixo em lactose

Seu processo de fermentação costuma ser mais demorado do que os de iogurtes tradicionais e, por isso, ele contém pouca lactose (tipo de açúcar presente em leite e derivados). Portanto, o produto pode ser de mais fácil digestão.

4 – Boa fonte de nutrientes essenciais

O iogurte búlgaro não é coado. Então, contém o soro do leite — parte que concentra aminoácidos, vitaminas e minerais, como:

  • Cálcio;
  • Potássio;
  • Magnésio;
  • Zinco;
  • Fósforo;
  • Selênio;
  • Tiamina;
  • Vitamina B5;
  • Vitamina B6;
  • Riboflavina (vitamina B2);
  • Vitamina B12;
  • Colina.

Iogurte búlgaro no Brasil

Por enquanto, só uma marca produz iogurte búlgaro aqui no Brasil — o produto foi lançado este ano. Ele é fermentado direto no pote, assim como eram feitos os alimentos antigamente.

Além disso, a empresa garante que ele possui menos gordura do que um copo de leite.

Como escolher o melhor iogurte

Contudo, e como todos os iogurtes que a gente encontra no mercado, algumas opções costumam ser mais saudáveis do que outras. Por isso, na hora de escolher, é sempre bom priorizar aquelas sem açúcar e com o mínimo de corantes, estabilizantes e espessantes.

As variações orgânicas e feitas com leite integral de vacas A2A2 (animais selecionados e que produzem leites mais saudáveis) parecem ser as melhores, apesar de mais difíceis de encontrar.

Sobre o autor

Amanda Panteri
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em alimentação saudável.

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