Infarto (ataque cardíaco): sintomas, causas, tratamento e prevenção
Um estudo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Hospital Alberto Urquiza Wanderley e da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), descobriu que a quantidade de óbitos em virtude de doenças cardiovasculares e infarto aumentou até 132% no Brasil.
O registro, que foi feito durante a pandemia, ouviu, especialmente, pessoas que moram nas seguintes capitais do país: Manaus (AM), Belém (PA), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Recife (PE) e Fortaleza (CE).
Por isso, doenças como ataque cardíaco não podem ser ignoradas pela população. E, ao contrário do que muita gente imagina, ela não atinge somente pessoas acima do peso, conforme explica Nilton José Carneiro da Silva, cardiologista e arritmologista do Hospital Santa Catarina.
“A obesidade é, sem dúvidas, um fator de risco cardiovascular, mas não o único. Uma pessoa com peso adequado deve ter todos os cuidados, como manter a prática de atividade física e o controle da pressão arterial e da glicemia”, destaca.
Mas, afinal, como descobrir que estamos diante de quadro de infarto, ou ataque cardíaco? É isso que discutiremos a partir de agora. Acompanhe!
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O que é o infarto?
O coração, assim como todos os órgãos do nosso corpo, necessita de sangue arterial para funcionar corretamente.
Quando há alguma obstrução causada pelo acúmulo de gordura no interior das artérias que nutrem o músculo cardíaco, ocorre a interrupção da distribuição de sangue para o coração. Desse modo, o paciente sofre com ataque cardíaco, conhecido também como infarto do miocárdio.
Essa emergência médica pode afetar várias regiões do coração, conforme a artéria que foi obstruída. Uma possibilidade rara, mas que pode ocorrer, é quando a contração da artéria impossibilita o fluxo sanguíneo.
Outro exemplo de ataque cardíaco é quando um coágulo gerado no interior do coração se desprende e se instala dentro dos vasos sanguíneos.
Quais são os sintomas do ataque cardíaco?
É fundamental que todas as pessoas aprendam como identificar os sintomas de um ataque cardíaco. Isso porque, quanto mais cedo for feito o socorro médico, mais chances a pessoa terá de sobreviver. Veja abaixo quais são os principais sintomas:
- Dor ou desconforto no peito, com sensação de peso e aperto no tórax. O desconforto pode expandir para rosto, pescoço, costas, braço esquerdo e raramente braço direito;
- Enjoo;
- Palidez;
- Tontura;
- Suor frio;
- Falta de ar e dor abdominal em idosos.
Vale ressaltar que, em idosos e diabéticos, os casos de ataque cardíaco podem não apresentar sintomas. Por isso, é importante ter atenção a qualquer desconforto relatado pelas pessoas que pertencem a esses grupos.
Nunca é demais destacar o quanto é importante conhecer algumas dicas de primeiros socorros para auxiliar as vítimas em casos de ataque cardíaco.
Infarto afeta mais homens que mulheres?
Essa é uma das dúvidas mais comuns quando falamos sobre a doença. O cardiologista José Carneiro da Silva explica que a chance de o homem ter um infarto é maior, mas essa diferença tende a diminuir com a idade.
“Em idosos o risco é praticamente equivalente. Dividimos os fatores de risco para um infarto em fatores modificáveis e não modificáveis. Obviamente, focamos nossas atenções nos ‘modificáveis’, como tabagismo, alterações do colesterol e hipertensão em ambos os sexos”, explica.
Quais são as causas do infarto?
Geralmente, o infarto é causado pelo acúmulo de gordura nas artérias, gerando a obstrução da passagem do sangue para o coração. Contudo, existem ainda outros motivos que podem aumentar as chances da doença:
- Tabagismo;
- Estresse;
- Hipertensão;
- Colesterol alto;
- Drogas ilícitas;
- Obesidade;
- Diabetes;
- Sedentarismo.
Para as pessoas que possuem membros da família com histórico de ataque cardíaco, recomenda-se redobrar a atenção com a saúde, uma vez que as chances de desenvolver a doença são maiores.
Sintomas de gases e infarto
Não é incumum encontrar pessoas que confundem os sintomas de gases com ataque cardíaco.
De acordo com o nutricionista e coordenador de nutrição do Hospital de Clínicas do Ingá (HCI), Antônio Wanderson Lack, a dificuldade de identificação ocorre por conta da intensidade da dor.
“Os gases pressionam uma válvula que fica em cima do estômago e exatamente atrás do coração. Então, quando há uma fermentação muito forte, essa válvula fica sendo pressionada e causa dor a ponto de ser confundida por problemas cardíacos”, explica.
Quais são as formas de prevenção do ataque cardíaco?
Para evitar ataque cardíaco, o mais indicado é ter bons hábitos de saúde, por exemplo: praticar exercício físico frequentemente, ter uma alimentação saudável, evitar o consumo excessivo de bebida alcoólica, gerenciar o estresse, ter uma boa noite de sono, entre outros.
Além disso, outro ponto importante é a realização de um check-up anual com um cardiologista. Nesse processo, o profissional avalia fatores de risco e mostra quais são as orientações corretas para diminuir as chances de ter problemas no futuro.
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Como funciona o tratamento para infarto?
O tratamento do ataque cardíaco é realizado no hospital. Coloca-se uma máscara de oxigênio ou ventilação mecânica no paciente, para que ele respire com qualidade.
A administração de remédios também é utilizada para o tratamento. Assim, o médico pode receitar o uso de antiagregante plaquetário, anticoagulante venoso, aspirina, estatinas, inibidor da ECA e betabloqueadores, entre outras soluções. Dependendo da gravidade do infarto, é possível que o médico solicite um cateterismo de urgência ou, então, uma angioplastia.
Com os tratamentos citados acima, o paciente terá o quadro estabilizado, diminuindo a dor e as complicações do pós- infarto.
Fontes: Dr Nilton José Carneiro da Silva, cardiologista e arritmologista do Hospital Santa Catarina – Paulista; e Antônio Wanderson Lack, nutricionista e coordenador de nutrição do Hospital de Clínicas do Ingá (HCI).