Trabalhar em casa: Estudo revela impactos físicos e mentais
Em tempos de pandemia, muitas empresas decidiram adotar o home office como modelo de trabalho, o que para muitos pode ser um privilégio. Contudo, trabalhar em casa está trazendo impactos negativos tanto na saúde mental quanto física das pessoas, segundo um estudo publicado no Journal of Occupational and Environmental Medicine.
Trabalhar em casa e os impactos negativos
O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos e contou com a participação de 1.000 participantes.
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Os pesquisadores colheram dados com base em perguntas sobre seus estilos de vida, ambientes de escritório em casa e como estava o bem-estar físico e mental trabalhando em casa durante a pandemia.
Dessa maneira, os resultados mostraram que 64% das pessoas desenvolveram pelo menos um novo problema de saúde física e cerca de 75% de saúde mental.
No geral, houve uma redução na prática de atividades físicas e um aumento na ingestão de alimentos nada saudáveis. Assim, essas mudanças estão diretamente relacionadas a uma piora na saúde física e mental.
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Segundo os especialistas, a falta de movimento ocorreu devido ao fechamento das academias por um longo período de tempo. Além disso, também foi descoberto que o tempo gasto no local de trabalho aumentou em aproximadamente 1,5 horas, trazendo consequências como mais insatisfação no trabalho e mais dores musculares.
A análise trouxe resultados que identificaram em participantes mulheres mais riscos de desenvolver depressão. Mas, os riscos também foram altos para quem teve o salário reduzido por trabalhar em casa.
No entanto, por mais que o tempo de trabalho tenha aumentado, o foco e a produtividade decaíram. Especialmente para os participantes que têm filhos pequenos em casa.
Ainda, 47,6% das pessoas que estão em home office compartilham o espaço de trabalho com outras pessoas, o que pode ter aumentado ainda mais o estresse.