Hipófise: entenda a importância da glândula para a nossa saúde

Saúde
21 de Março, 2022
Hipófise: entenda a importância da glândula para a nossa saúde

Equivalente ao tamanho de uma ervilha, a hipófise desempenha um papel estratégico em nosso corpo. Ou seja, ela é a glândula “mestra” do sistema endócrino, responsável pela produção de inúmeros hormônios.

“A hipófise é a glândula endócrina mais importante do nosso organismo. Afinal, ela produz os hormônios como o TSH, ACTH, GH, prolactina, LH e FSH. Todos eles possuem uma atuação diferente e fundamental para o funcionamento de outras glândulas e órgãos”, afirma Bárbara Scalon Magro, médica endocrinologista da Care Club, em São Paulo (SP).

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Também chamada glândula pituitária, a hipófise está localizada na base do nosso cérebro, em uma cavidade do osso esfenoide. “Os hormônios produzidos pela hipófise darão o estímulo ou inibirão a produção de outros hormônios, como o cortisol, a testosterona e o estradiol, de modo que todos esses estejam em equilíbrio”, explica Magro.

Além disso, a glândula está ligada a outra chamada hipotálamo, a qual exerce grande influência sobre a hipófise e com outras funções importantes. Por exemplo, ajuda a regular o ciclo do sono, apetite, sede e o sistema nervoso autônomo.

As partes da hipófise

Embora seja pequenina, a glândula é dividida em duas partes. São elas a adeno-hipófise e neuro-hipófise. A função da primeira parte é secretar os hormônios que impactam outras glândulas e atividades do organismo. Por sua vez, a neuro-hipófise é a parte que está ligada ao hipotálamo, e auxilia na produção de hormônios destinados ao funcionamento do sistema nervoso.

Hormônios produzidos

ADH, antidiurético ou vasopressina

Possui o papel de regular o sistema renal e melhorar a absorção de água pelos rins.

Ocitocina (“hormônio do amor”)

É excretado para facilitar o parto durante as contrações. Assim, a ocitocina auxilia a mãe a relaxa após o parto, aliviando um pouco as dores, e facilita a conexão com o bebê. Além disso, o hormônio atua durante a amamentação e proporciona mais ternura entre mãe e bebê. Outra função interessante do hormônio é a de neurotransmissor que melhora as interações sociais e sexuais, tanto em homens quanto em mulheres.

Prolactina

Participa do crescimento da glândula mamária e da produção do leite durante a amamentação. Nos homens, a prolactina age como uma espécie de relaxante depois do orgasmo.

GH (hormônio do crescimento)

Também conhecido por HGH ou somatropina, o hormônio do crescimento é fundamental durante a fase de desenvolvimento do ser humano. Ainda nas fases de crescimento do indivíduo, pois trabalha na construção da estrutura óssea, dos processos metabólicos e do crescimento de diversos tecidos, como o muscular. Inclusive o GH é importantíssimo para quem treina com foco em hipertrofia, pois participa do ganho de massa muscular. No entanto, sua produção torna-se mais limitada durante a fase adulta, mas é igualmente relevante na manutenção da estrutura óssea, da qualidade do sono e na facilidade em queimar gordura.

Outros hormônios produzidos pela hipófise

  • MSH ou melanócitos: estimula a produção de melanina.
  • TSH: atua sobre a tireoide para viabilizar a síntese e produção dos hormônios secretados por essa glândula.
  • ACTH: aciona o córtex da suprarrenal para produzir seus próprios hormônios.
  • FSH ou hormônio folículo-estimulantepossui dois papéis importantes. Entre as mulheres, estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a secreção de estrógeno. Nos homens, promove a espermatogênese.
  • LH: hormônio luteinizante: é responsável pela secreção da progesterona e pela ovulação nas mulheres. Já entre os homens, auxilia a secreção de andrógenos, que são os hormônios masculinos.

Sintomas de problemas na hipófise

De acordo com a SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, é importante estar de olho no bom funcionamento da hipófise. Afinal, qual seria a melhor forma de perceber que algo não vai bem?

A princípio, os sintomas não estão diretamente associados à glândula, mas a alterações no sistema endócrino. Ao passo que está ligada a diversas outras glândulas e funções, é fundamental buscar um endocrinologista para identificar possíveis problemas. Portanto, fique de olho em sintomas gerais, tais como:

  • Aumento da produção de pelos, sobretudo entre mulheres.
  • Excesso de transpiração, mesmo sem um estímulo específico (calor e atividade física intensa, por exemplo).
  • Amenorreia ou alterações no período menstrual.
  • Dores de cabeça frequentes.
  • Arritmias (batimentos cardíacos descompassados).
  • Falta de disposição.
  • Súbito ganho ou perda de peso.

Fontes: Bárbara Scalon Magro, médica endocrinologista da Care Club – unidades Itaim, Parque do Povo e Villa Lobos (São Paulo/SP). CRM 182985; e Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

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