Hérnia de disco é mais comum em homens: Saiba o que causa o problema

Saúde
18 de Agosto, 2021
Hérnia de disco é mais comum em homens: Saiba o que causa o problema

Dores, fisgadas e falta de força nos membros. Esses são alguns dos sintomas causados pela hérnia de disco, doença que atinge de 2 a 3% da população no Brasil, sendo mais frequente em homens acima de 35 anos.

O problema ocorre devido à ruptura do disco que fica no tecido cartilaginoso entre os ossos da coluna. O disco é formado por uma parte fibrosa e outra mais gelatinosa: com a ruptura da parte fibrosa, a parte gelatinosa extravasa, e comprime os nervos, o que pode causar dor.

Na maioria dos casos, o incômodo se manifesta na região lombar ou cervical. Ele também pode ocorrer na área torácica, embora seja menos comum por ser uma parte do corpo com menos movimentação e pressão, como explica Luciano Miller, ortopedista e especialista em coluna pelo Hospital Israelita Albert Einstein.

Leia também: Hérnia de disco: Quem tem, pode correr? Saiba mais

O que provoca hérnia de disco

Entre as causas do problema estão hábitos de vida não saudáveis, como obesidade, tabagismo, má postura e a prática de atividades físicas sem repouso. Ademais, fatores genéticos também podem favorecer o aparecimento do problema.

Ações pontuais, como um simples levantamento de peso em excesso, também aumentam o risco de hérnia de disco. A ortopedista Ana Paula Simões, presidente da Sociedade Paulista de Medicina Desportiva (SPAMDE), destaca ainda que o envelhecimento também favorece o surgimento da condição. “Isso porque ocorre perda de flexibilidade e o disco vai tendo uma degeneração.”

Mulheres grávidas também estão entre os grupos mais afetados pela hérnia de disco, pois o peso da barriga provoca uma sobrecarga das costas.

Leia também: Caminhada ou corrida para quem está acima do peso?

Sintomas da hérnia de disco

Embora a dor seja intensa em muitos casos, a enfermidade pode ser assintomática. “A hérnia é grave, mas não é uma dor insuportável em todos. Ela é relativa e individualizada”, reforça Simões, que também é médica do esporte.

No caso da hérnia de disco na região lombar, além da dor, podem ocorrer fisgadas, pontadas e sensação de dormência no glúteo. Quando o problema ocorre na coluna cervical, dor e formigamento no braço são sintomas possíveis.

Leia também: Quiropraxia: O que é, para que serve e como funciona

Tratamento adequado

Com a persistência da dor, é fundamental que o paciente procure um médico para avaliar a gravidade da condição. Remédios em excesso aliviam o problema de imediato, mas podem mascarar os sintomas e adiar a ida da pessoa a um especialista, retardando, assim, o início do tratamento mais adequado.

Depois do diagnóstico, é possível seguir duas linhas de tratamento para a hérnia de disco. Na primeira, o paciente é submetido a terapias conservadoras, como fisioterapia, acupuntura, massagem e até gelo na região. “Também indicamos alongamentos, já que é fundamental fazer fortalecimento abdominal. No caso da fisioterapia, ela funciona como um analgésico para o problema”, reforça Miller.

Se a hérnia de disco foi provocada por má postura, é fundamental corrigir a ergonomia e outros componentes que influenciam na piora da doença. Entretanto, se esses tratamentos não funcionam, os médicos indicam cirurgias minimamente invasivas ou até mais complexas. No geral, o paciente volta às funções do trabalho entre sete e dez dias após a intervenção.

Mesmo diante desses procedimentos, o problema pode voltar a aparecer depois de alguns anos. Por isso, é fundamental incluir hábitos saudáveis no dia a dia como a prática de exercícios físicos, postura correta, dieta balanceada, entre outros.

(Fonte: Agência Einstein)

Leia também:

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Pessoas com histórico de infarto têm mais risco de desenvolver outros problemas de saúde a longo prazo, como insuficiências cardíaca e renal, arritmias e até depressão,

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Problemas como insuficiências cardíaca e até depressão são mais frequentes em quem sofreu um ataque cardíaco

Bem-estar Equilíbrio Saúde

“É impossível ser feliz sozinho”: cultivar relacionamentos está entre os segredos para viver mais

Indo na direção contrária da longevidade, um estudo revelou que quase ¼ das pessoas em todo o mundo se sentem sozinhas