Grávidas podem viajar de avião? Indicações, riscos e cuidados

Gravidez e maternidade Saúde
17 de Dezembro, 2021
Grávidas podem viajar de avião? Indicações, riscos e cuidados

A gravidez traz muitas dúvidas para as mulheres, principalmente sobre o que pode e o que não pode ser feito. Afinal, surgem muitos mitos acerca do tema. Por exemplo, grávida viajar de avião: proibido ou permitido?

Em primeiro lugar, a viagem de avião normalmente é bem tolerada e segura para gestante e para o bebê com até 28 semanas de gestação. Porém, no início da gestação (até 12 semanas), pelo risco de aborto espontâneo ser maior, a orientação é que a gestante, se possível, evite viagens durante esse período. 

Nas companhias aéreas não há um consenso em relação à idade gestacional, mas, de modo geral, a partir da 28ª semana é preciso apresentar atestado médico autorizando a viagem. No documento, devem constar as informações do voo, a idade gestacional e, principalmente, o parecer médico da evolução da gestação. Já a partir da 36ª semana, a maioria das empresas aéreas solicitam, além do atestado médico, uma declaração de responsabilidade. 

Avaliação médica antes da grávida viajar de avião

Buscar avaliação médica pelo menos 10 dias antes da viagem é fundamental. Pois, assim, o profissional pode verificar o estado de saúde da mãe e do bebê.

Desse modo, se a mulher tiver alguma das condições a seguir, o ideal é evitar a viagem.  

  • Pressão alta;
  • Sangramento vaginal ou dores antes do embarque;
  • Anemia falciforme;
  • Diabetes;
  • Insuficiência placentária;
  • Gravidez ectópica;
  • Anemia grave.

Leia também: O que acontece com a tireoide na gravidez?

Cuidados

Antes de mais nada, para que a gestante possa viajar com segurança, é necessário ter os devidos cuidados. Portanto, saiba quais são eles abaixo:

  • Uso de roupas leves e confortáveis, que permitam uma movimentação fácil;
  • Uso de meias de média compressão;
  • Dar preferência a voos diretos;
  • Evitar aviões menores (como eles não possuem cabine pressurizada, isso pode resultar na diminuição da oxigenação da placenta e no aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial);
  • Verificar a cobertura internacional do seguro de viagem e nacional do convênio médico;
  • Manter-se hidratada;
  • Ter medicamentos como analgésicos e antieméticos (para vômitos) na bagagem de mão;
  • Fazer exercícios durante o voo para melhorar a circulação do sangue.

Por fim, o ideal é consultar o médico de pré-natal para avaliar as condições maternas e fetais para que seja possível fazer uma viagem mais segura e tranquila.

Fonte: Heliégina Palmieris, ginecologista, Mestre pela Faculdade de Ciência Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP).

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