Frio intenso: como proteger a saúde?

Saúde
18 de Maio, 2022
Frio intenso: como proteger a saúde?

A previsão do tempo indica que uma onda de frio intenso chegou ao Brasil, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. O tempo frio requer alguns cuidados especiais com a saúde, prevenindo, por exemplo, as doenças respiratórias, tão comuns nesse período.
Afinal, o organismo fica mais suscetível a alergias, gripes, sinusite, bronquite e resfriados, por exemplo. Além disso, de acordo com o Instituto Nacional de Cardiologia, nos dias frios os índices de infartos podem aumentar em até 30%. Saiba como proteger a sua saúde.

Leia mais: Como deixar a casa quente no frio

O que acontece com a temperatura do nosso corpo no frio?

Para que o organismo funcione corretamente, a temperatura corporal deve manter-se entre 35 e 40ºC. O organismo tolera bem pequenas variações de temperatura que normalmente ocorrem ao longo do dia, do ciclo menstrual, com a idade, ou mesmo após o consumo de medicamentos ou de algumas doenças. Já alterações drásticas da temperatura exterior, características do frio intenso, podem colocar a saúde em risco.

De acordo com o Conselho Federal de Química, no frio, o corpo reage de modo a evitar a hipotermia, que é uma queda da temperatura para abaixo de 35ºC. Todas as reações químicas que permitem que o metabolismo e as funções do corpo funcionem adequadamente dentro das células dependem da manutenção da temperatura do corpo em 35ºC. Se a temperatura cai, elas simplesmente param de acontecer.

Consequências do frio intenso

O frio causa diminuição da temperatura corporal, o que reduz a capacidade de resposta do sistema imunitário e favorece a atividade de vírus respiratórios, ficando o organismo mais suscetível a infecções. Pode ainda agravar os sintomas de doenças pré-existentes, nomeadamente cardiovasculares, respiratórias e músculo-esqueléticas.

Além disso, podem surgir lesões na pele, por desidratação (secura, eczema) ou por exposição direta ao frio e à umidade. Em situações extremas, o frio pode diminuir a temperatura corporal abaixo dos 35ºC, causando hipotermia, cujos sintomas progridem de arrepios, sonolência, confusão, coma, até à morte.

As crianças e os idosos são mais susceptíveis, pois têm muitas vezes limitações de movimento e de comunicação. Os idosos podem ainda apresentar pouca gordura subcutânea e falta de sensibilidade à temperatura.

Como proteger a saúde no frio?

Confira algumas dicas para cuidar da sua saúde no frio:

  • Não inspire e expire pela boca, pois durante o frio intenso o ar é frio e seco, bem como repleto de poluentes e agentes nocivos que irritam as vias áreas. Eles acarretam sintomas alérgicos e facilitam infecções e inflamações;
  • Evite se expor a baixas temperaturas. Ao sair, agasalhe-se bem, proteja as extremidades do corpo (mãos, pés, cabeça);
  • Evite alimentos ricos em sódio e gordurosos (ainda mais com problemas vasculares, comorbidades ou sendo fumante, sedentário e obeso). Dessa forma, procure comer muitos vegetais e frutas. Se necessário, reforce o sistema imunológico com suplementos multivitamínicos;
  • Vacine-se contra a gripe e pneumonia, prevenindo assim também outras doenças.
  • Não fique com roupas molhadas ou suadas;
  • Capriche no consumo de água, bem como bebidas quentes e sopas;
  • Idosos devem ser monitorados, devido a alterações naturais da idade, que reduzem a eficácia do processo de termorregulação do corpo. Os bebês também, já que não têm como se queixar do frio.
  • Umidifique o ar: o uso de umidificadores ajuda a manter o ambiente mais adequado. Na falta de um aparelho, deixe uma toalha úmida na cabeceira da cama ou uma assadeira com pouca água no local.
  • Evite o uso de aquecedores e ar condicionado. Apesar de serem muito úteis, eles ressecam muito o ambiente.
  • Lave as roupas de frio antes de utilizá-las, mesmo que tenham sido guardadas limpas. Elas acumulam ácaros e podem causar crises de alergia.

Leia mais: Receitas para o frio: cardápio completo para dias de inverno

Fonte: Instituto de Administração da Saúde e Conselho Federal de Química.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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