Frequência cardíaca por idade: como calcular o batimento cardíaco?

Movimento Saúde
04 de Março, 2022
Frequência cardíaca por idade: como calcular o batimento cardíaco?

Um dos termos mais comuns de quem pratica atividade física é frequência cardíaca. Mas você sabe o que significa? Frequência cardíaca (FC) é o ritmo no qual o coração bate. Em repouso, varia de 60 a 100 batimentos, mas se houver qualquer tipo de estímulo, como exercício físico ou estresse psicológico, por exemplo, pode aumentar, pois seu estímulo principal é a liberação de adrenalina. No entanto, esse valores variam, por isso, confira abaixo os valores da frequência cardíaca por idade.

Leia mais: Como calcular sua frequência cardíaca

A importância da frequência cardíaca

De acordo com o Dr. Múcio Tavares de Oliveira Jr., médico cardiologista, a frequência cardíaca corresponde a regulagem do ritmo que o coração bate por minuto para que exista adaptação do corpo a uma demanda, como esforço físico, ou a reação a um estímulo. “Quando isso acontece, a frequência cardíaca se eleva a fim de que exista fluxo adequado de sangue para o cérebro, músculos e para o próprio coração”, explica o médico.

Qual é a frequência cardíaca por idade?

Ainda segundo o especialista, não existe FC ideal em repouso para faixa etária, mas sim um cálculo de frequência cardíaca ideal para se exercitar. 

“Para uma atividade física adequada que gere condicionamento, a FC deve ser de cerca de 70% da FC máxima calculada para a idade. Por exemplo, alguém com 50 anos, a FC máxima é de 170 batimentos por minuto, portanto deve chegar a pelo menos uma uma FC em torno de 120 bpm”, explica. Assim, confira como o cálculo da FC por idade durante o exercício de acordo com a Associação Americana do Coração (AHA):

  • 20 anos: FC de 100-170
  • 30 anos: FC de 95-162
  • 35 anos: FC de 93-157
  • 40 anos: FC de 90-153
  • 45 anos: FC de 88-149
  • 50 anos: FC de 85-145
  • 55 anos: FC de 83-140
  • 60 anos: FC de 80-136
  • 65 anos: FC de 78-132
  • 70 anos: FC de 75-128

A frequência cardíaca máxima pode ser estimada com uma fórmula muito usada: 220 menos sua idade. No entanto, embora o cálculo seja um ótimo ponto de partida, pesquisas mostraram que a fórmula não é muito precisa para todas as pessoas, especialmente para quem é sedentário ou para pessoas mais velhas.

Quais são os riscos de ultrapassar esse valor?

Em geral, não há problema em ultrapassar a FC em repouso, desde que não seja mantida continuamente alta. Além disso, o especialista explica que diversas medicações, alimentos, suplementos ou até mesmo doenças não cardíacas interferem na FC. “Algumas pessoas podem ter FC mais alta. Entretanto, se ela se mantiver permanentemente elevada, se houver episódios de FC muito elevada ou se a FC for irregular, pode representar uma doença”, alerta o Dr. Múcio.

Assim, quando a frequência cardíaca está muito alta, pode resultar, por exemplo, em insuficiência cardíaca, que é uma disfunção do coração conhecida como coração fraco. Além disso, episódios de elevação acima de 130 batimentos sem um estímulo ou de forma irregular pode indicar sinais de arritmia cardíaca.

Quais são os sintomas de que a frequência está muito alta?

O sintoma mais comum é a palpitação, além de tontura e até perda da consciência, que podem indicar arritmia. Dor no peito e falta de ar, embora sejam mais raros, também entram na lista de sintomas que indicam que é hora de procurar ajuda médica. 

Dessa forma, deve-se procurar ajuda médica nas seguintes ocasiões:

  • FC constantemente elevada ou em episódios regulares.
  • Presença de sintomas como tontura, desmaio, dor no peito ou falta de ar.
  • Se as palpitações forem irregulares.

Crédito: Dr. Múcio Tavares de Oliveira Jr., médico cardiologista, Diretor do Centro de Infusão e Hospital Dia do Instituto do Coração, Professor Colaborador da Faculdade de Medicina da USP, Coordenador da Unidade de Insuficiência Cardíaca do Hospital Samaritano Paulista e Presidente atual do Departamento de Insuficiência Cardíaca DA SBC.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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