Fosfatase alcalina: O que é e para que serve

Saúde
16 de Agosto, 2021
Fosfatase alcalina: O que é e para que serve

Presente em diversos tecidos, a fosfatase alcalina é uma enzima importante para a atividade do fígado. Isso porque ela possui maior concentração nas células dos canais biliares, que transportam a bile do fígado para o intestino. No caso dos ossos, por outro lado, é produzida pelas células responsáveis pela formação e manutenção da saúde óssea.

Leia também: Creatinina: O que é, valores de referência e como fazer o exame

Para que serve o exame

A fosfatase alcalina, exame que leva o mesmo nome da enzima, é útil para descobrir disfunções e doenças hepáticas e ósseas. O procedimento é simples, feito em laboratório e retirado por meio de uma amostra de sangue. Ele é solicitado em conjunto com diversos outros exames quando há sintomas de alerta — urina escura, dores abdominais, coceira pelo corpo, fezes claras, dores e deformações ósseas, por exemplo.

A fosfatase alcalina também é solicitada com a finalidade de um check up, acompanhada de outros exames, para checar a saúde do fígado e dos ossos. A seguir, confira os níveis de fosfatase alcalina por faixa etária*.

  • < 2 anos: 85 – 235 U/L;
  • 2 – 8 anos: 65 – 210 U/L;
  • 9 – 15 anos: 60 – 300 U/L;
  • 16 – 21 anos: 30 – 200 U/L;
  • Acima de 21 anos: 46 a 120 U/L (limite aceitável: 130 U/L).

*Estes valores podem variar de acordo com o laboratório que fará o exame.

Leia também: Bronquiolite: O que é, principais sintomas e tratamento

Fosfatase alcalina alta versus baixa

Quando há alguma anormalidade no fígado, seu aumento pode estar relacionado a uma lesão do órgão, como hepatite, cirrose, colestase, entupimento das vias biliares causado por cálculos, AIDS e hipertireoidismo.

Para os ossos, seus níveis elevados podem estar associados a uma fratura recente (que desencadeia uma maior produção de células ósseas para cicatrizar a área lesionada), tumores, doença de Paget (condição de crescimento anormal de alguns ossos) e raquitismo. Outras causas:

  • Dieta rica em gorduras, porque sobrecarrega a função hepática;
  • Insuficiência renal;
  • Gravidez: é comum o aumento nessa fase pois há o desenvolvimento do bebê e a presença de fosfatase alcalina na placenta;
  • Crescimento ósseo.

Quando a situação é oposta, com níveis de fosfatase alcalina abaixo do normal, pode ser sinal de desnutrição ou anemia, diarreia, déficit de magnésio, hipotireoidismo e até reposição hormonal ou uso de pílula anticoncepcional. Além disso, outro problema ligado aos indicadores baixos é a hipofosfatasia, uma doença que causa deformações e fraturas ósseas.

Leia também: Queratose pilar: o que é, como identificar, causas e tratamento

Fonte: Marcela Araújo, nutricionista da Care Club unidade Ipanema (RJ); autora do Livro “Fitoterapia Aplicada à Nutrição pós-graduada em Nutrição Esportiva Funcional pelo VP Centro de Nutrição Funcional; atualização em Medicina do Estilo de Vida por Harvard Medical School; Atualização em Medicina da Obesidade por Harvard Medical School. CRN 418101302.

Sobre o autor

Redação
Todos os textos assinados pela nossa equipe editorial, nutricional e educadores físicos.

Leia também:

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Pessoas com histórico de infarto têm mais risco de desenvolver outros problemas de saúde a longo prazo, como insuficiências cardíaca e renal, arritmias e até depressão,

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Problemas como insuficiências cardíaca e até depressão são mais frequentes em quem sofreu um ataque cardíaco

Bem-estar Equilíbrio Saúde

“É impossível ser feliz sozinho”: cultivar relacionamentos está entre os segredos para viver mais

Indo na direção contrária da longevidade, um estudo revelou que quase ¼ das pessoas em todo o mundo se sentem sozinhas