Fisioterapia uroginecológica: o que é, para que serve e como é feita
A fisioterapia uroginecológica – ou pélvica – é uma área da fisioterapia que trata e reabilita as disfunções dos músculos do assoalho pélvico. Dessa maneira, o método visa reabilitar todas as disfunções de pelve que estão ligadas a questões sexuais, urinárias e intestinais.
“Eu diria que 80% dos pacientes têm continência urinária. Mas ela também serve para pessoas que têm constipação intestinal, incontinência fecal ou anal, quedas de órgãos como bexiga e útero, bexiga hiperativa, infecção urinária, vaginismo, ejaculação precoce e disfunção erétil, entre outros”, explica Dr. Gustavo Travassos, especialista em Fisioterapia Pélvica, Uropediatria, Fisioterapia Uroginecológica e Fisioterapia Obstétrica.
De acordo com o especialista, o tratamento é abrangente e traz bons resultados em relação aos sistemas que compõem o assoalho pélvico.
Além disso, a boa notícia é que todos podem e devem fazer fisioterapia uroginecológica. Não há nenhuma contraindicação, inclusive crianças.
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Benefícios da fisioterapia uroginecológica
Os músculos do assoalho pélvico são responsáveis por controlar a urina e fezes, além de sustentar outros órgãos. Mas devido a doenças, envelhecimento, cirurgias ou partos, esses músculos perdem a força e, consequentemente, surgem vários problemas na região. Assim, a fisioterapia uroginecológica é uma ótima maneira de combater os desconfortos e fortalecer a musculatura pélvica.
O Dr. Gustavo ressalta que além do tratamento de doenças, um dos maiores benefícios da fisioterapia pélvica é melhorar o funcionamento do intestino.
“Quando o intestino é regulado você traz alguns benefícios como melhora da pele, do cabelo, disposição e vitalidade. Há também, o exercício físico que favorece a liberação de serotonina e endorfina, o que não deixa de ser um benefício para a saúde em geral das mulheres”, afirma.
Outra grande vantagem da fisioterapia uroginecológica é a redução dos sintomas da endometriose. Apesar de o tratamento curar a doença, pode aliviar as dores.
Como funciona uma sessão
Antes de iniciar o tratamento, há a anamnese, ou seja, um questionário sobre a vida e o histórico do paciente para saber a raiz do problema. “Às vezes, a primeira sessão fica inteiramente nesse questionamento, tendo em vista que, por ser sobre a pelve e genitália, são perguntas íntimas”, diz Dr. Gustavo.
O especialista afirma que, em seguida, há a avaliação física do padrão respiratório, abdominal, e a sensibilidade e reflexos da região genital. “E aí que vem ‘a grande sacada’ do fisioterapeuta que tem experiência de saber lidar com isso. Não é um toque ginecológico do ginecologista, é um toque para verificar musculatura, para verificar esse assoalho pélvico correto. Aí, dentro dessa avaliação física é passado os exercícios específicos para o problema do paciente.”
Fonte: Dr. Gustavo Travassos, Especialista em Fisioterapia Pélvica, Uropediatria, Fisioterapia Uroginecológica e Fisioterapia Obstétrica. Membro da Doctoralia.