Fim de ano: Entenda os sentimentos que podem surgir no período
As festas de fim de ano são as comemorações mais aguardadas pela maioria das pessoas. Assim, muitos começam a ficar animados e, até mesmo, a se preparar com antecedência, decorando a casa, comprando presentes, planejando jantares, entre outros. Mas a data também pode ser um período difícil para alguns, que acabam ficando deprimidos.
A psicóloga Nayra de Paiva Oliveira explica que as festas de fim de ano possuem um significado diferente para cada indivíduo, dependendo da história de vida. “O sentimento vem, não controlamos isso. A primeira coisa a fazer é se permitir sentir e falar para si mesmo: está tudo bem, eu sinto, afinal algo aconteceu; e, a partir deste momento, pensar no que é possível fazer. Se eu não me sinto bem com uma situação, por que não fazer diferente? Existem escolhas e você pode fazer algo que te faça bem. Por exemplo, se tem algum ritual do Natal ou do Ano Novo que você não gosta, faça algo diferente. Liberte-se das suas próprias regras”, diz Nayra.
Além desses sentimentos, também surge a ansiedade. Isso porque a preocupação com as metas traçadas e a vontade de agradar começam a surgir. Sem contar a preocupação em não dar conta de todas as demandas.
Aprenda a lidar com as emoções que surgem no fim de ano
De acordo com a psicóloga, para contornar esses sentimentos, o primeiro passo é se organizar, fazer um cronograma do que precisa ser feito e entender que, mesmo em meio à correia, o descanso é necessário. “Uma dica importante é usar palavras fundamentais para analisar cada situação difícil que possa surgir. São elas fato e interpretação; o fato está ali na sua frente, ele é concreto e é possível de lidar. Já a interpretação é algo que está no plano das ideias, não tem como você saber se vai acontecer ou não”, explica Nayra.
“Lembre-se que se o que você está vivenciando está afetando sua qualidade de vida, se você não está conseguindo fazer o que gostava, se não está vendo o brilho da vida (seja por uma tristeza constante ou por um medo excessivo do futuro), é o momento de buscar ajuda profissional” ressalta.
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E o que fazer com as metas não cumpridas?
Temos a tendência de sempre olhar para o que não fizemos, o que ficou para trás e o que deu errado. Contudo, quando fixamos naquilo que não aconteceu, o sentimento que geramos é o de tristeza. Em contrapartida, ficamos sobrecarregando o futuro, com milhões de planos, o que gera ansiedade.
Dessa forma, a sugestão da especialista, nesses casos, é olhar para o ano que passou e ver o que foi feito, focando no que deu certo. Apenas o fato de estar vivo já deve ser celebrado. “Respeite e olhe com amor para a sua jornada. Veja o que você fez e aceite aquilo que não foi feito, afinal, você não tem uma máquina do tempo para voltar e fazer — e está tudo bem. Não somos robôs que cumprem uma programação”, comenta.
Por fim, a psicóloga ainda dá uma última dica. “Antes de pensar ou escrever as metas para o próximo ano, escreva uma carta de autoperdão, se perdoe por aquilo que não foi feito. Assim, faça um cartão de parabéns (sim, para você mesmo!) pelas suas conquistas do ano que passou, você merece. Após fazer as pazes com o ano velho, então, olhe com amor para o novo. São novas oportunidades, não para remoer os erros, mas para escolher caminhos diferentes”, complementa.
Fonte: Nayra de Paiva Oliveira, psicóloga.