As melhores farinhas para quem convive com o diabetes

Alimentação Saúde
01 de Junho, 2021
As melhores farinhas para quem convive com o diabetes

No Brasil, cerca de 8,9% da população adulta tem diabetes. Isso corresponde a mais de 18 milhões de pessoas. E um dos culpados pelo aumento excessivo dos casos é um grande conhecido nosso: o carboidrato. Por isso, muitos médicos recomendam mudanças no cardápio a fim de controlar melhor o consumo desse macronutriente — uma delas é substituir as farinhas mais tradicionais por melhores opções para quem tem diabetes, por exemplo.

O problema das farinhas tradicionais para quem tem diabetes

Quando o assunto são farinhas, qual o primeiro tipo que você pensa? Provavelmente de trigo, não é mesmo? Realmente, ele é o mais comum de encontrar — seja no mercado ou em produtos que compramos no dia a dia, como pães, massas, bolos e biscoitos.

Contudo, o grande problema para pessoas com diabetes é que a farinha de trigo refinada é processada sem o farelo (camada externa resistente) e o germe (núcleo da semente), duas partes importantes do grão que concentram fibras e inúmeros nutrientes.

Retirar essas partes deixa o alimento mais concentrado em carboidratos, mais pobre em vitaminas e minerais, e com um índice glicêmico mais alto — o que o torna propenso a ser digerido rapidamente pelo corpo e, consequentemente, causar picos de açúcar no sangue.

Na verdade, os especialistas aconselham pessoas com diabetes a evitar os carboidratos refinados no geral, e não somente as farinhas. E isso inclui açúcar de mesa, arroz branco, refrigerante, doces, macarrão e massas.

Leia também: O que são carboidratos refinados

Opções de farinhas funcionais para diabetes

A ideia é, sempre que puder, substituir os carboidratos refinados por alternativas com baixos índices glicêmicos (como carboidratos complexos e integrais, que são ricos em fibras). Confira, então, alguns bons exemplos de farinhas para quem tem diabetes:

1 – Farinha de amêndoas

Além de possuir um baixo índice glicêmico, ela é livre de glúten — o que é ótimo para os celíacos. Sem contar que é fonte de proteínas, fibras e gorduras boas. E versátil: vai muito bem tanto em receitas doces (cookies, muffins, bolos), quanto em salgadas (tortas, panquecas).

Por não conter glúten, os pratos feitos com ela ficam um pouco mais densos do que os que levam farinha de trigo refinada. Para evitar o problema, pode ser preciso adicionar um pouco mais de fermento nos preparos ou até fazer um blend com outros ingredientes.

Geralmente, uma xícara de farinha de amêndoas equivale a uma xícara de trigo.

2 – Farinha de coco

Já essa opção é feita a partir da polpa do coco seca. Quando comparada a outras farinhas funcionais para quem tem diabetes, o seu índice glicêmico é um pouco maior, mas ainda é considerado baixo — justamente por conter muitas fibras.

E como sua matéria-prima é o fruto, ela combina melhor com receitas doces. Contudo, é preciso tomar cuidado, uma vez que ela absorve bastante água e deixa a textura final mais seca.

1/4 de xícara de farinha de coco equivale a uma xícara de trigo.

3 – De grão-de-bico

O grão-de-bico é bastante utilizado no cardápio vegano, pois a opção concentra proteínas e é livre de glúten. Sua textura também é mais densa, mas o sabor costuma ser mais neutro.

1/2 de xícara de farinha de grão-de-bico equivale a uma xícara de trigo.

4 – Farinha de aveia

Rica em beta-glucana, um tipo de fibra específico conhecido por diminuir as concentrações de açúcar no sangue em pessoas com diabetes.

Desse modo, serve muito bem para deixar as receitas assadas, como bolos, mais fofinhas. E pode ser feita facilmente em casa: basta bater a aveia em um liquidificador ou processador.

1 e 1/3 de xícara de farinha de aveia equivale a uma xícara de trigo.

5 – Farinhas para quem tem diabetes: de espelta

É um tipo especial de trigo, mas não tão comum aqui no Brasil. Contém muitas fibras e vitaminas do complexo B, além de diversos minerais (cobre, magnésio, fósforo e principalmente o ferro).

Geralmente, uma xícara de farinha de espelta equivale a uma xícara de trigo.

Sobre o autor

Amanda Panteri
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em alimentação saudável.

Leia também:

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Pessoas com histórico de infarto têm mais risco de desenvolver outros problemas de saúde a longo prazo, como insuficiências cardíaca e renal, arritmias e até depressão,

Alimentação Bem-estar

Lollapalooza 2024: dicas de saúde para aproveitar o festival

O Lollapalooza, um dos maiores festivais de música do país, está se aproximando. Por isso, separamos algumas dicas para você curtir os shows!

Saúde

Infarto aumenta o risco de desenvolver complicações de saúde a longo prazo

Problemas como insuficiências cardíaca e até depressão são mais frequentes em quem sofreu um ataque cardíaco